Meus caros, o fenômeno dos blocos de carnaval tomando as ruas do Rio de Janeiro, que se imaginava esquecido e liquidado há décadas, voltou, e com corda toda. Não existiam, com essa dimensão, há cerca de dez anos. A prefeitura da cidade anuncia ter o maior carnaval de rua do Brasil, derrotando Recife e Salvador, com cerca de 2.5 milhões de foliões. Não sei se chega a tanto, mas a multidão que vai atrás dos trios elétricos cariocas é impressionante.
Em são Paulo, um dia por ano, a Parada Gay leva cerca de um milhão às ruas. No Rio de Janeiro, tantos blocos gigantescos saem às ruas, arrastando milhões de pessoas, que agora tomam toda a cidade por toda a semana de Carnaval, indo além da quarta feira de cinzas. Vários blocos, estão agendados até o domingo próximo. Antes, somente no nordeste se via isso, agora a festa ocupa todo o outro lado da via Dutra. Imagino quando chegará a São Paulo.?
É questão de tempo, os paulistanos só precisam esperar, mesmo que alguns anos. Em meu último post, falei sobre a selvageria em que se tornou a leitura dos votos das escolas de samba de São Paulo. . Foi um espetáculo deprimente.
O empresário Alexandre Youssef, dono da já mitológica casa Studio SP (já abriu a Studio RJ), e organizador do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, que já recebeu até voz de prisão quando seus foliões tomaram a rua Augusta, postou ontem em seu perfil no Facebook: “ A cidade de SP não apóia o carnaval de rua para se concentrar na organização do desfile das escolas de samba. Entenderam?”. Então, o que vimos foi fruto da organização da prefeitura? Ainda bem que teremos eleições este ano. Youssef sabe bem do que está falando, seu bloco cresce a cada ano, mostrando o potencial da cidade. Pena que o prefeito Kassab não pense assim, e acabe botando a cidade na contra-mão.
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