O colecionador João Carlos de Figueiredo Ferraz fala na SP-Arte

Nesse sábado, dia 13 de maio, a SP-Arte abriu espaço para o colecionador João Carlos de Figueiredo Ferraz contar um pouco de sua trajetória como ativista cultural a frente do Instituto Figueiredo Ferraz, que fica em Ribeirão Preto e foi fundado a mais ou menos 3 anos.

Ferraz contou que nada foi pensado desde o começo, no momento em que ele percebeu que tinha um acervo considerável, resolveu que era seu dever repartir isso com a sociedade.  “A obra que a gente compra não é apenas um produto, isso faz parte do patrimônio do País”, analisou. Seu instinto não tem fins lucrativos, o único objetivo é o de difundir a arte.

O colecionador, em sua breve palestra, comentou a necessidade de se descentralizar a cultura, ou seja, levar ela para outras cidades do estado além da capital. “Ribeirão Preto e região tem hoje acesso a arte contemporânea de excelente qualidade, coisa que antes não acontecia”. Ele não soube dizer ao certo o tamanho de sua coleção, mas calcula algo em torno de 830 obras. Além das  exposições, o Instituto Figueiredo Ferraz conta também com biblioteca e auditório.

Falando sobre a arte contemporânea em geral, ele comemorou a mudança nos paradigmas brasileiros de 30 anos para cá, frisou não apenas o fato de nossos artistas terem mais espaço internacional e, consequentemente, prestígio, como também o crescimento no número de galeristas brasileiros. Apesar disso, ele deu risada quando perguntado se já vendeu alguma obra. “Não consigo, tenho uma relação de paixão com elas. Só quero comprar. Se eu tivesse comprado todas as obras que já desejei, precisaria de um Louvre para guardar.”, exagerou.

Ao final da palestra, João Carlos de Figueiredo Ferraz falou com exclusividade a ARTE!Brasileiros e fez um apelo sobre a importância de iniciativas privadas para a difusão da arte no Brasil. “O Brasil é um país que não tem uma estrutura formal de Estado para ter acervo, por isso os colecionadores são fundamentais para registrar essa história, já que museus e instituições públicas não são capazes de fazer esse trabalho sozinhos”.

Convidado para ser um dos palestrantes do Primeiro Seminário Internacional ARTE!Brasileiros, que acontecerá no dia 4 de setembro e terá como tema “O colecionismo público no Brasil no século XXI”, ele fez questão de afirmar que marcará sua presença.


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