O Corinthians e a Libertadores

Começa na noite desta quarta-feira, às 21h50, contra o Racing do Uruguai, no estádio do Pacaembu, a tão sonhada caminhada corintiana rumo ao primeiro título da Copa Libertadores da América (veja página da competição no iG).
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A fixação da equipe e da diretoria para conquistar o inédito título é grande. Desde que o Corinthians conseguiu voltar para a elite do futebol brasileiro, em 2009, o projeto é a conquista da competição mais importante do continente, e justamente no ano do centenário do clube. Para isso, a diretoria não mediu esforços e investimentos.

No fim de 2008, a contratação do Fenômeno Ronaldo, que já havia declarado todo seu amor ao Flamengo, foi o primeiro passo para realizar o projeto Libertadores. Outros atletas vieram para formar o elenco que disputaria e venceria a Copa do Brasil, caminho mais fácil rumo a Libertadores. Liderada pelo Fenômeno, a equipe corintiana jogou um futebol de alto nível no primeiro semestre e, em 1º de julho de 2009, faturou a Copa do Brasil, ou melhor, carimbou o passaporte para o torneio continental. No resto da temporada, o Corinthians fez papel de mero coadjuvante, pois o ano já estava ganho para os corintianos.

A equipe ainda precisava de alguns reforços experientes e habituados a jogar a Libertadores. Danilo e Iarley, campeões da competição pelo São Paulo (2005) e Internacional (2006), respectivamente, vieram para cobrir essa carência. Mas a cereja no bolo do fiel torcedor veio com a contratação de Roberto Carlos, um dos atletas mais vencedores da história do futebol e que, assim como o Corinthians, luta por sua primeira Libertadores.

Se esse é o clima entre diretoria e jogadores, com a torcida não poderia ser diferente. O “bando de loucos”, como a nação corintiana se intitula, não sabe falar em outra coisa, até por que o Corinthians nunca teve uma história muito feliz na competição. Essa vai ser apenas a 8ª participação da equipe paulista e o melhor resultado foi uma semifinal no ano de 2000, quando a torcida viu uma das mais tristes derrotas da história do clube, para o arquirrival Palmeiras, mesmo algoz do ano anterior, quando o Corinthians caiu nas quartas de final. A última participação, em 2006, foi breve. Logo após a primeira fase, a equipe foi eliminada nas oitavas pelos argentinos do River Plate em pleno Pacaembu. A torcida corintiana se descontrolou, tentou invadir o campo e a partida quase acabou de maneira trágica. A desclassificação no ano de 2006 foi o início da queda corintiana, que culminaria com o rebaixamento no ano seguinte.

No centenário, a nação alvinegra não aceita desculpas. Após o título inédito do Palmeiras, em 1999, único grande paulista fora o Corinthians que ainda não havia conquistado o torneio, o corintiano quer a Libertadores da mesma maneira que uma criança deseja o brinquedo de outra. Hoje, começa a luta do Corinthians para conseguir, no seu centenário, mudar sua história na Libertadores e enlouquecer ainda mais o “bando de loucos”.


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