Uma caneta (ou rolinho), um chapéu, um passe de letra, um gol. Um lindo gol, com direito a outro chapéu e uma frieza que só o craque tem na hora de concluir.
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Se havia alguma dúvida sobre o desempenho dele, por causa da idade (faz 39 anos em 19 de abril, Dia do Índio), não há mais. Na noite de quinta-feira (3), na vitória por 3 a 2 do São Paulo sobre o Linense, ele desfilou no gramado do Morumbi.
Toques precisos, categoria, classe, experiência.
Rivaldo é gênio, talvez o último clássico camisa 10 ainda em atividade no mundo. “Tem o Ganso!”, dirão muitos. Sim, o meia do Santos tem tudo para suceder Rivaldo na linhagem dos grandes camisas 10 do Brasil. Mas isso é papo para outra hora. Porque hoje o dia é dele, o craque tímido, avesso aos holofotes, distante das polêmicas e das baladas.
Rivaldo é um craque das antigas. Parece não pertencer aos tempos de hoje. Tempos do jogador-celebridade, do jogador-marketing. Ele não precisa disso. Entra em campo e joga futebol. E como joga! Chapéu com a bola no chão, como ele fez ontem, poucos sabem fazer.
O jogo termina, Rivaldo dá entrevista, fala sobre a maravilhosa estreia com a camisa do tricolor paulista, mas mantém a simplicidade, jeito tímido, e já pensa na próxima vez que entrará em campo, domingo, contra o Botafogo.
Para os amantes da bola, um bom conselho, “que eu lhe dou de graça”, como diria Chico Buarque: veja Rivaldo jogar ao vivo. É coisa para contar aos filhos, netos.
Porque Rivaldo é gênio. Rivaldo é Didi redivivo, só que com a 10 às costas. Rivaldo é um dos maiores da história do futebol. E ponto.
Em tempo: Celebrar com a camisa na cabeça sempre foi a marca de Rivaldo. Dar cartão amarelo, como fez o árbitro Milton Etsuo Ballerini, é de uma caretice sem tamanho. O juiz de ontem perdeu uma boa oportunidade para “redimir” Cleber Wellington Abade, que também puniu Ronaldo com cartão, pela comemoração no alambrado, em seu primeiro gol com a camisa do Corinthians, contra o Palmeiras, em 2009. Vivemos tempos caretas, da careta e velha Fifa fazendo regras que nada melhoram o futebol. Uma pena.
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