Caros leitores,
abri agora há pouco mensagem-desabafo da minha amiga jornalista Clarissa Meyer, editora do site “Papo de Mãe”, que não sabe como fazer para ajudar os parentes e amigos vítimas da tragédia de São Lourenço do Sul, no litoral gaúcho, onde seus pais passaram o Carnaval numa casa alugada.
Por sorte do destino, saíram de lá poucas horas antes da inundação que deixou metade da cidade debaixo d’água.
Abaixo, o relato de Clarissa:
“Amigos, estou muito, mas muito triste.
A pequena cidade de São Lourenço do Sul, a cidade com o pôr-do-sol mais lindo do mundo, a cidade em que passei os anos mais divertidos da minha infância e adolescência, a cidade em que passei as últimas férias, desapareceu esta noite. Ou pelo menos, parte dela
Meus pais até ontem estavam lá. Mas Deus é tão grande que conseguiram escapar da maior tragédia que já abalou a cidade.
Meus outros familiares não tiveram a mesma sorte. Meus tios, meus primos, os primos do Caio, minha avó de 89 anos. Todos perderam tudo: suas casas, suas roupas, seus documentos E alguns estão desaparecidos.
A cidade está um caos. Não tem água, não tem energia. A estrada está interrompida. Ninguém entra, ninguém sai de lá. Só helicópteros sobrevoam a cidade.
Não sabemos o que fazer Estou muito nervosa, tentando imaginar uma maneira de ajudar, mas por enquanto a única coisa que temos a fazer é rezar.
Rezar para que a chuva dê uma trégua. Rezar para que as pessoas sejam encontradas. E rezar para que sejam resgatadas. Muita gente está em cima dos telhados. Amigos e familiares meus estão nesta situação.
A tragédia não escolheu classe social, atingiu a todos, sem dó nem piedade. Os pontos turísticos os prédios tombados – lembrança da colonização alemã – tudo se foi
Resolvi escrever para desabafar. Estou zonza. É muito triste ver a tragédia pertinho da gente. Desta vez, ela pegou parte de minha família Dói demais.
Em luto.
Clarissa Meyer”
Segue aqui o link com mais informações sobre a tragédia de São Lourenço do Sul na notícia publicada no Ultimo Segundo do portal iG.
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