O fim da novela do italiano que foi preso por beijar filha de 8 anos

Mais comentados da semana
Antes de tratar do tema deste domingo, publico abaixo o ranking dos três assuntos mais comentados da semana no Balaio, na Folha e na Veja:

Balaio
Dia de cão molhado em São Paulo: 159
Caso do pai preso em Fortaleza: 133
Exclusivo/ Antonio Palocci: 128

Folha
Caças da FAB: 54
Governo Lula: 43
Pré-sal: 40

Veja
José Alencar: 47
Alcoolismo: 32
Petróleo: 27

O fim da novela

Na mesma sexta-feira em que o Brasil assistiu ao último capítulo de “Caminho das Índias”, terminava outra novela, desta vez um drama da vida real: foi solto em Fortaleza o turista italiano preso por beijar a filha de 8 anos numa barraca da Praia do Futuro.

Conformado com a arbitrariedade de que foi vítima, antes de embarcar de volta para Roma, ele não falou em processar o Estado brasileiro e a polícia do Ceará, que o prendeu, nem o casal de Brasília, que o denunciou porque ficou incomodado ao vê-lo fazendo carinho na menina:

“Estou cansado, mas bem, estou voltando para casa, agradecendo a Deus. Isso vai passar.

Será que passa? O que terá passado na cabeça desta menina ao ver o pai sendo preso e trancado numa cela por vários dias? Que traumas esta família carregará pelo resto da vida?

“Eu espero que tudo seja resolvido e nós pretendemos voltar sim ao Brasil, por que não?”, perguntou a mãe da menina, uma brasileira que está casada com o italiano faz 11 anos e o defendeu bravamente durante todo este tempo de agonia.

Nem pretendia voltar a este assunto, que nos envergonha perante o mundo, mas tenho que contar o final da história que o leitor do Balaio acompanhou nas últimas duas semanas.

O número de mensagens enviadas sobre este assunto prova que os leitores, ao contrário do que muita gente pensa, não querem saber só de política e futebol.

O total de comentários sobre o caso do italiano preso de passou 560 nos dois textos publicados e se dividiu meio a meio: metade defendendo o pai e metade o condenando. Assim somos nós, os brasileiros.

Um ano

Como vocês podem ver no post anterior publicado no sábado, foi bonito o encontro dos balaieiros para comemorar o primeiro aniversário deste blog.

No mesmo sábado, o Balaio ganhou seu primeiro prêmio: o TOP 1, edição 2009, concedido pelo portal TopBlog, na categoria política, de acordo com a votação do Júri Acadêmico.

Foram dias de fortes emoções estes para quem é veterano de guerra na profissão, mas recém-chegado a este fantástico mundo novo da blogosfera, defendendo ao final do primeiro ano no ar os mesmos princípios declarados do dia da estréia.

Só uma coisa mudou em relação ao que escrevi um ano atrás: desde o começo de 2009, a realidade me mostrou que era necessário fazer a moderação de comentários, ao contrário do que eu planejara.

Fora isso, é bola pra frente e vida que segue. Para os leitores mais antigos relembrarem e para conhecimento dos mais novos, que a cada dia continuam chegando, reproduzo abaixo o texto publicado no primeiro dia:

MEUS CAROS LEITORES, MINHAS CARAS LEITORAS

Pensaram que eu estava brincando?
Pois, como vocês podem ver, finalmente está entrando no ar nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2008, o meu blog no iG, o tal do “Balaio do Kotscho”, com desenho do Paulo Caruso na capa e tudo.

Espero que vocês usem este espaço aberto para tratar de qualquer assunto da vida – e não só para ler as histórias deste velho repórter, que há 44 anos vive rodando pelo Brasil e pelo mundo em busca de novidades para contar.

Sei que tem blog demais no planeta e daqui a pouco vai ter mais gente escrevendo do que lendo, até porque ninguém consegue ler tanta notícia, como já cantava o grande Caetano no século passado.

Mas, já que os editores do iG me deram esta oportunidade, vamos aproveitar para nos divertir um pouco.

Quero dividir a responsabilidade pelo “BK”, vamos chamá-lo assim, com os leitores. Aqui todo mundo vai ser emissor e receptor de informações.

Não farei, portanto, qualquer espécie de moderação no blog, como já não fazia nos comentários das minhas colunas no Último Segundo.

Além de ser humanamente impossível acompanhar os comentários full-time com a vida que levo, faço assim porque sempre fui um radical defensor da liberdade de expressão para todos – e não só para mim.

Por isso, peço que todos se identifiquem com nome e endereço verdadeiros para permitir a troca de idéias e experiências, como fazem os grupos de ex-colegas de colégio.

Outra coisa que não pretendo fazer é polemizar com os leitores ou colegas de ofício.

Detesto esse negócio de fazer do blog uma guerra a favor ou contra quem quer que seja, dividindo o mundo entre os amigos que concordam comigo e os inimigos que discordam.

Repórter, simplesmente, não pode brigar com os fatos e não é do meu feitio ficar batendo palmas pra ver louco dançar. Sou apenas um contador das histórias que vi e ouvi. Quem quiser que conte outra.

De vez em quando, posso entrar no espaço de comentários apenas para esclarecer dúvidas ou corrigir informações erradas apontadas pelos leitores nos meus posts.

Boa sorte pra todos nós – e seja o que Deus quiser!


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