Após quase 3 meses, o São Paulo, finalmente, venceu mais uma no Campeonato Brasileiro e deu um importante passo em busca da permanência na divisão de elite do futebol brasileiro.

A última vítima do Tricolor na competição havia sido o Vasco, no dia 29 de maio, pela 2ª rodada do Brasileirão. A vitória, aliás, foi categórica, um passeio de 5 a 1. Ironicamente, a goleada estremeceu o então técnico cruz-maltino, que pouco depois, acabaria pedindo demissão do clube. Seu nome? Paulo Autuori, atual comandante do São Paulo.

Aquele triunfo levou a equipe paulista a liderança do brasileiro. De lá para cá, muita coisa aconteceu. O Brasil conquistou a Copa das Confederações, o brasileiro foi as ruas, outro presidente egípcio foi deposto, muita gente morreu, muita gente nasceu, e o São Paulo perdeu… Mas perdeu muito! Nesse período, foram 12 jogos, 5 empates e 7 derrotas, campanha que fez o time despencar da liderança para a 19ª posição, sem falar na desastrosa excursão pela Europa e pela Ásia, onde o time, já comandado por Autuori, que não teve tempo para treina-lo, trouxe alguns milhões de dólares, mais três derrotas e uma vitória em partidas amistosas. 

Time mais vencedor da história dos pontos corridos no Brasileirão, o São Paulo quase conquistou mais um recorde, o de maior número de jogos sem vencer no nacional, ficou apenas 3 atrás do América do Rio Grande do Norte e do São Caetano, que em 2007 e 2006, respectivamente, ficaram 15 jogos sem uma única vitória. Vale lembrar que, nesse anos, tanto os potiguares quanto os paulistas, acabaram rebaixados.

O diretor jurídico se demitiu, o diretor de futebol foi demitido, uma horda de atletas foi dispensada… A crise estava brava! 

 Desde que entrou, Autuori não havia conseguido um período para treinar seu elenco. Teve agora, uma semana, antes da partida contra o Fuminense, que acabou 2 a 1 para a equipe do Morumbi e significou o final do jejum.

Valeu a torcida, superstição e até macumba para a vitória vir. O túnel que liga o vestiário do Tricolor Paulista ao gramado foi “recheado” de sal grosso, pra espantar mal olhado e energias negativas, ou no vocabulário das arquibancadas, “pra tirar a zica”.

Apesar da nítida mudança de atitude dentro de campo, ainda é cedo para afirmar se a vitória significa uma mudança de estruturas no Tricolor ou se foi apenas um momento feliz em meio ao turbilhão de resultados negativos.


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