O futuro de nossa economia

Nesta sexta-feira, a Brasileiros entrou de vez em uma nova etapa de sua existência, ao promover e apresentar a primeira edição do Seminários Brasileiros – como se faz um país. Ticiana Vilas Boas, mestre de cerimônias, foi a responsável pelo pontapé inicial do evento “Rumos da Economia Brasileira”, no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.
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Após breve introdução, Ticiana passou o microfone para o início do primeiro painel do dia, “As alternativas do desenvolvimento”. Na mesa, Marcio Pochmann, presidente do Ipea, foi o primeiro a falar. Para ele, o momento é perfeito para discutirmos a pauta economia, já que não se faz uma grande potência sem planejamento.

Antes de falar sobre a situação atual do País, Pochmann traçou uma linha do tempo, do início do século XX até os dias de hoje, com a qual analisou os motivos pelos quais o Brasil vem se solidificando no cenário internacional. Mas, é preciso cautela. O presidente do Ipea salientou que é fundamental não tratarmos apenas de urgências, problemas de curto prazo. Isso pode vir a se tornar algo prejudicial no futuro, segundo ele. Pochmann também enfatizou que estamos em posição de competir de igual para igual com qualquer outro país do mundo, mas é preciso desenvolvimento em diversos campos. A educação, ainda defasada no Brasil, foi outro assunto abordado por ele. Para terminar, o palestrante se despediu com uma mensagem: “A melhor oportunidade para mudar o Brasil é conhecê-lo!”.

Em seguida, foi a vez do ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, discursar sobre sua visão do futuro econômico brasileiro. Para começar, ele foi enfático ao dizer que nada acontece por acaso, ou seja, as coisas boas e ruins acontecem por conta de decisões tomadas no passado e tudo é fruto de um projeto. “Nossa economia está colhendo os louros da democratização do governo Fernando Henrique Cardoso”, mencionou. Segundo ele, o desenvolvimento tem de ser dividido e estudado da seguinte forma: investimento, incorporação de mão de obra ao processo produtivo e produtividade. O ex-ministro comemorou o fato de o Brasil ter se tornado um país previsível, um fator fundamental para se ter credibilidade no cenário mundial. Otimista, Maílson da Nóbrega disse ser possível prospectar um crescimento de 3% a 4% ao ano no País.

Quem fechou a primeira mesa do dia foi Ricardo Carneiro, professor do Instituto de Economia da Unicamp. Ele traçou um paralelo entre o começo de sua carreira de economista, ainda na faculdade, e as transformações econômicas que viu acontecer no Brasil. Segundo sua visão, a década de 1990 foi nula para a economia nacional e o País atravessou o período passivamente. “Por conta de todos os problemas, é preciso valorizar o que construímos na última decada e ver onde estamos agora, independentemente de questões ideológicas”. Apesar de ver nosso futuro com bons olhos, Carneiro foi claro quando disse que estamos fortes por ter aproveitado uma maré muito positiva no cenário mundial, a despeito da crise de 2008. Agora, a realidade mudou. “Teremos de crescer agora olhando para os acontecimentos com muito cuidado”, afirmou, para finalizar o primeiro painel do dia.

Na sequência, após breve coffee break, o ministro Guido Mantega vai realizar a palestra sobre “Os rumos da economia brasileira”. O site da Brasileiros acompanha tudo o que acontece no seminário pelo Twitter. Confira!

Para saber mais sobre os Seminários Brasileiros – como se faz um país, acesse www.seminariosbrasileiros.com.br.

A cobertura completa do primeiro seminário estará na edição de maio da Brasileiros. Não perca!


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