Não aguentei esperar por amanhã – vamos agora mesmo. Pois nos Jogos de Pequim, em 2008, dentre 10.500 atletas, somente o saltador (trampolim e plataforma) australiano Matthew Mitcham, e cerca de 6 (seis) lésbicas eram abertamente gays! Acreditam? Lógico que centenas de outros atletas também eram gays, mas estavam lá para disputar os jogos nas suas modalidades, e sua sexualidade não importava. Não importava para eles, é verdade, importa para nós, comunidade gay mundial, pelo exemplo que dão. Mitcham marcou muitos outros pontos. Ele ganhou a medalha de ouro pelo salto da plataforma de 10 metros, e mesmo antes dos Jogos, já era um herói nacional. Os australianos sabem valorizar seus atletas, acima da sexualidade. Querem saber mais? Mitcham não perdeu nenhum dos seus patrocinadores oficiais quando saiu do armário, e o próprio patrocinador oficial da equipe olímpica australiana, nada menos que a gigante multinacional Johnson & Johnson, promoveu uma campanha para levar os familiares dos atletas para Pequim, e não pensou duas vezes antes de levar o namorado de Mitcham, que viajou com tudo pago. A força dos patrocinadores num evento desses, hoje em dia, pode ajudar a fazer a diferença. Quem sabe não aprendemos este caminho para os Jogos de 2012, em Londres, e no Rio, em 2016?
O gatão gay de 2008
Comentários
9 respostas para “O gatão gay de 2008”
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oi fera! ta sumida!!1 abraço
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Boa tarde Lourenço…sou estudante de Design Editorial pelas Faculdades Integradas Rio Branco e me formo ainda neste ano.
Como projeto de conclusão de curso, meu grupo fundamentou uma editora direcionada a minorias sociais – a Reação Editorial – e desenvolveu, como projeto experimental, um livro fazendo uma revisão crítica da História do Movimento Homossexual, culminando em debates atuais.
Durante nossas pesquisas, conhecemos melhor seu trabalho e passamos admirá-lo por todos os feitos na área. Sendo assim, gostariamos de lhe convidar para fazer parte da nossa banca de TCC, em data a combinar.
Aguardamos seu retorno, obrigado pela atenção.
KarinaOBS: Estou deixando este convite por comentário, pois não encontrei nenhum canal de e-mail para falar diretamente com você. Espero que não tenha problema.
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Bom dia Lourenço!
Que correria, queria comentar mais mais, mas a faculdade está num ritmo só. Aula sábado a tarde é dose, mas é necessário! O que salva são os nossos butecandos (e BH tem bar, vc sabe disso, rs) após as aulas… E numa turma onde 98% dos homens, digamos, são gays…kkk, a mesa fica divertidíssima. A mulherada que está junto adooora…
Sobre o post, também espero que Rio 2016 possa incentivar todos e principalmente o governo federal. Nações que investiram no esporte tiveram retorno positivo que influenciou no comportamento da sociedade, incluindo os preconceitos.
O Brasil, os governos federal, estadual e municipal a iniciativa privada deveriam investir no esporte, na base, na meninada que vem por aí. Como eu disse em posts anteriores, educação é a base de tudo. É a partir dela que tornamos cidadãos conscientes de nosso papel na sociedade.
É aguardar para ver. 2014 está aí, Mineirão ficará lindo!!!
Forte abraço,
Gus
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Oi meu querido amigo Lourenco!
Adorei o a sua resposta no post sobre Bethania. Já te considero um bom amigo desde de que comecei a ler os teus textos por aqui! 🙂
É de atitudes como a do belíssimo atleta citado por voce que nao somente nós mas a sociedade inteira precisa para tratar o tema Homossexualidade com mais naturalidade. Nao é fácil sair do armário e nem continuar fora dele, mas que é uma contribuicao para a “desmistificacao” do ser homossexual, é sim.
Outro dia tava aqui lendo uma revista especializada que mostrava um grupo de prevencao da Aids que anda nos pontos de cruising (!) distribuindo camisinhas. Na entrevista, um policial que faz parte do grupo e é gay assumido, explicou que 90% dos visitantes sao gays. Ou seja 10% é “hetero” e alguns casados. Nada contra os 10%, desde que esses nao pratiquem a homofobia quando em outros ambientes.
Mas o que queria dizer com isso é exatamente que, atitudes com a do Mitcham contribuem para que o tema homossexualidade seja discutido na grande mídia e ainda mais ganhando medalhas de outro e sendo um herói nacional como ele é, mostra que a orientacao sexual nao é fator decisivo para o sucesso de um indivíduo (muito menos uma associacao imediata com distúrbio de comportamento defendido pelo Lothar Machtan, muito bem comentado em outro post seu). Além do mais, casos como esses dao mais argumentos para nossos familiares e amigos saírem da passiva e partirem para uma defesa ativa de seus parentes homossexuais nas situacoes em que eles sao tratados como seres humanos de segunda classe.
Um grande abraco para voce meu amigo e para os outros queridos comentaristas e bom final de semana!
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FALA, MEU REI! LEGAL TUA COLUNA, ASSIM COMO VC… AGORA GANHOU ESTE FÃ AQUI. ABRAÇÃO! MARIO
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Realmente, penso que ainda existe muito tabu dos patrocinadores, o que é um retrocesso. Não é que ser gay seja algo moderninho, mas de uma forma ou de outra é uma realidade cada vez menos reprimida. Logo não tem porque os patrocinadores deixarem de incentivar os atletas que se assumem gays.
Lourenço, não sei se você vai gostar, mas dá uma olhada na crônica de hoje no http://literaturacotidiana.com.br/?p=2208 .
Abraço
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