MarçoNo dia 29, o Brasil perdeu um poeta da crônica esportiva. Armando Nogueira faleceu aos 83 anos sem ver mais uma Copa do Mundo, o maior evento do futebol mundial, que ele conhecia como ninguém. Afinal, quem no planeta cobriu nada mais nada menos do que 14 Mundiais?
Na manhã desta segunda-feira (29), o Brasil perdeu um dos grandes cronistas esportivos de sua história. Armando Nogueira faleceu aos 83 anos, por volta das 7h, em seu apartamento, na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro, depois de lutar por mais de três anos contra um câncer no cérebro. O corpo do jornalista será velado no estádio do Maracanã, na tribuna de honra, por volta das 13h. O enterro está programado para a terça-feira, às 12h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio.Botafoguense apaixonado, jornalista precoce, pioneiro do telejornalismo quando diretor da Central de Jornalismo da Rede Globo, um dos melhores textos da crônica esportiva do Brasil. São tantos adjetivos e definições para Armando Nogueira que um dado impressionante até se perde em sua biografia: ele cobriu nada mais nada menos do que 14 Copas do Mundo! Das 18 realizadas, Armando Nogueira só não esteve em 1930 (Uruguai), 1934 (Itália), 1938 (França) e na de 1950, no Brasil, já que ainda iniciava a carreira de jornalista. Aliás, fica a sugestão para uma homenagem a ele na Copa de 2014, no Brasil. Armando vai assistir tudo lá de cima.A última cobertura foi na Alemanha, em 2006, pelo Sportv, com um agradável bate-papo diário, ao lado dos narradores Luiz Roberto e Milton Leite. Por isso, Armando Nogueira foi o jornalista das Copas do Mundo, o homem que estava lá, certamente o que mais esteve lá no mundo.Ao lado de Nelson Rodrigues, Mário Filho, João Saldanha, entre outros, está no timaço dos grandes jornalistas esportivos da história do Brasil.Sobre Pelé, cunhou a brilhante frase: “Se Pelé não tivesse nascido gente, teria nascido bola”.Pois se Armando não tivesse nascido gente, teria nascido letra.
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