O maior campeão logo terá a maior torcida

São Paulo hexacampeão!

Saõ Paulo três vezes seguidas campeão brasileiro!

Meu pai são-paulino, que me fez são-paulino, não pode gritar isso, mas eu posso.

Hoje, lavamos a alma. Podem anotar aí e me cobrar (se eu ainda estiver vivo): não demora muito, muito em breve este São Paulo Futebol Clube, que nunca se entrega, vai ser também o clube de maior torcida do país.

Em Brasília, hoje, bem longe do Morumbi, como todos puderam ver pela televisão, já tomou conta das arquibancadas. Vai ser assim também no Brasil inteiro daqui para a frente, onde o São Paulo jogar.

Tive um exemplo disso agora mesmo, ao assistir o jogo contra o Goiás, este sofrido 1 a 0, na Lanchonete Ministro, aqui na esquina da Lorena com Rocha Azevedo, pertinho de casa.

À minha volta, só tinha jovens. O mais velho era eu. Todo mundo de camisa tricolor, no maior alto astral, duas horas antes do jogo começar, garantindo sua cadeira na arquibancada do bar.

Sem querer tripudiar sobre gambás, gaviões, leitões, urubús, raposas, lambaris e outros bichos, não houve nenhuma surpresa. Ganhou o melhor, fim de papo.

Não que esse time do São Paulo fosse uma maravilha. Jogou bolinha a maior parte do campeonato. Mas, quando os outros bobearam e não aproveitaram a chance que demos para eles, Muricy, meu herói, botou em campo a mística da camisa tricolor, botou fogo no coração e nas chuteiras do time e , no fim, deu a lógica.

A melhor imagem do jogo decisivo foi aquele festival de bananas que o Muricy deu para o mundo em rede nacional de televisão, como a dizer: na hora do vamos ver, é com nós mesmos, não tem para mais para ninguém.

Assim que o Borges marcou o gol da vitória, a Mara, minha mulher, me ligou para botar a Bebel na linha. “Tá ouvindo os rojões, vovô? São Paulo fez gol, São Paulo vai ser campeão!”

A família toda estava na apresentação de balé da Laura, a neta mais velha. Mas a Bebel, a do meio, única são-paulina da nova geração dos Kotscho, não esqueceu do jogo, ouviu o barulho, e lembrou de mim. A partir daí, não tive mais dúvida: hoje a festa é nossa!

Nunca usei tanto ponto de exclamação numa matéria, mas acho que hoje eu mereço. Com aquela molecada em volta, no maior alto astral, tive esta certeza de que o São Paulo vai ser, muito em breve, o clube de maior torcida deste Brasilzão do bom Deus. É só uma questão de tempo, como foi a conquista do nosso primeiro tri.

Foi bom demais. Agora fiquei feliz de novo, apesar de toda aquela quizumba de tentativa de suborno do juiz, uma história absolutamente inverossímel. Ainda mais, com ingressos para ver a Madonna

Valeu, grande clube da fé, meu tricolor hexacampeão brasileiro!

Em 2009, tem mais.


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