Em novembro, a Lua progredida irá entrar na casa ligada à educação básica e às comunicações do mapa astral do Brasil e deve permanecer aí por cerca de dois anos. Isso poderá indicar uma preocupação maior de nossos próximos governantes com relação a essa área e/ou uma crise que exigirá atenção, cuidado e desenvolvimento de novas políticas públicas.
O Brasil é considerado um dos piores países do mundo em investimentos na área da educação, fato esse observável por trânsitos astrológicos em alguns momentos importantes de nossa história.
Desde o seu Descobrimento em 22 de abril de 1500 (data que será utilizada para análise até sua independência), a educação não évista como prioridade e não teve o mesmo incentivo que nas demais colônias europeias da América. Reservada a uma elite dominante e totalmente exploradora, sempre esteve voltada para a dominação social em que o ensino era privilégio de apenas alguns. No mapa radical da data do Descobrimento, tem-se a cabeça de dragão em Gêmeos (signo tradicionalmente ligado à educação), significando nosso potencial de independência, e a cauda de dragão em Sagitário (signo ligado ao ensino superior e ao contato com o estrangeiro), de onde devemos nos libertar, mostrando claramente que esse eixo é algo desafiante e a ser trabalhado: o investimento maior deveria ser na educação básica e para todos.
Nossa história, em termos de educação, começou em 1549 com a chegada dos primeiros padres jesuítas sob a liderança do padre Manuel da Nóbrega para pregar o catolicismo e ensinar aos índios a ler, escrever e compreender a Bíblia, usando a língua portuguesa. Enfim, escolas foram criadas com o intuito de domar os indígenas aos moldes europeus e, durante mais de 200 anos, os jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Uma conjunção nesse momento de Netuno (planeta ligado à religiosidade e à filantropia) em trânsito com Mercúrio radical (intelecto) e um sextil com a Lua radical (o povo do País, no caso, os indígenas) explicam muito bem essa primeira inserção.
Em 7 de setembro de 1822 é proclamada a Independência do Brasil e um novo mapa se configura, mostrando com muito mais ênfase a necessidade de um olhar atento sobre esse tema no País. A Casa 3 de um mapa natal é a casa ligada à educação básica e às comunicações e temos aí Saturno, o planeta da restrição e da necessidade de seriedade e aprofundamento, apontando para o que se tem de mais frágil e que exige um esforço constante.
O regime militar instaurado a partir de 1964 espelhou na educação o caráter antidemocrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram detidos e feridos nos confronto com a polícia e alguns foram mortos. Finalmente, o Decreto-Lei 477, de 26 de fevereiro de 1969, calou a boca de alunos e professores. Júpiter e Urano, em trânsito em quadrado a Urano radical, mostram um período de agitações, tensão e dificuldade em obedecer à ordem estabelecida, em que as ideias inovadoras acabam em divergências e produzem rompimentos. Plutão (planeta que pode transformar ou matar e abortar) em trânsito e conjunção a Mercúrio radical (o comunicador e significador da juventude) marca uma mudança profunda na educação e na vida dos jovens do País.
Deixe um comentário