O mar de lama em Minas Gerais

Arte/Brasileiros
Arte/Brasileiros

No último dia 5 de novembro, a barragem de Fundão, construída a cerca de 3 km de Bento Rodrigues para conter os resíduos que sobram da extração de minério de ferro, evitando a contaminação de mananciais, se rompeu, lançando um mar de lama que atingiu a região. As causas do acidente ainda não foram esclarecidas. A Samarco, empresa que administra as barragens no complexo de Mariana, que tem como acionistas a brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, diz que um abalo sísmico de 2,5 graus na Escala Richter aconteceu cerca de uma hora e meia antes do desastre.

O acidente, que deixou 12 pessoas mortas e centenas de desabrigadas – até o fechamento desta edição, havia ainda 10 desaparecidas –, invadiu também o Rio Doce, vizinho ao barramento, e seus afluentes. A Bacia do Rio Doce, a maior da região Sudeste, abastece inclusive a cidade de Belo Horizonte. Nasce em Minas Gerais, passa por várias cidades e termina no litoral do Espírito Santo, que também foi afetado. A lama já atingiu mais de 40 km ao longo do mar capixaba, segundo pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os impactos no oceano devem ser menores do que os causados no rio, mas também serão duradouros, prejudicando por anos a vida de algas, moluscos, crustáceos e peixes.

Brasileiros fez uma longa cobertura sobre o tema para tentar entender como uma tragédia desse porte não foi evitada. O repórter Wanderley Preite Sobrinho mostra quem é no controle das empresas envolvidas na administração do complexo de mineração em Mariana. Leia cobertura completa na Brasileiros de dezembro.


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