Após o rebaixamento da classificação dos títulos dos EUA pela agência de classificação de risco S&P Standard and Poor´s muitos entraram em pânico. Há motivo para isso? Imagino que não.
O dólar sofre ameaça de alguma moeda, apesar de sua desvalorização mundial? Não. Nenhum país faz ou está fazendo frente aos EUA, do ponto de vista monetário. É importante destacar que o mundo é credor dos EUA, portanto, seria imbecilidade acabar com uma moeda em que se é credor, seria como queimar ou rasgar dinheiro.
Este é um momento de cautela, prudência e de evitar riscos, pois, apesar do rebaixamento da nota dos EUA não quer dizer que o dólar perdeu a sua confiança. As transações econômicas e financeiras no mundo ainda continuam sendo feitas na moeda norte-americana.
O poder norte-americano não só se faz pelo poder da moeda, mas também pelo poder geopolítico, econômico e militar. Os EUA são os maiores consumidores do mundo, portanto, precisam e devem continuar a serem financiados para que o restante do mundo cresça, desenvolva novos produtos etc., haja vista, China, Índia, Brasil.
A preocupação com a economia norte-americana deve ser com seu lado real, na geração de empregos, no aumento da renda, na redução da dívida das famílias. Esse é o calcanhar de Aquiles de Obama e da maior economia do mundo. Para se ter uma ideia; a dívida das famílias norte-americanas saltou para 130% da renda disponível.
Infelizmente, nesse campo, os dirigentes norte-americanos, incluindo Obama, estão fazendo o famoso; “mais do mesmo”, ou seja, aperto fiscal, redução dos gastos públicos, particularmente os sociais, a tendência é que haja uma concentração de renda, concentração ainda maior de capital e diminuição da renda agregada. Isto sim é um baita de um problema!
Portanto, o momento é de atenção e não de pânico. Quanto ao Brasil, caso a crise aumente ainda mais de intensidade, não pode titubear de reduzir a taxa de juros e intensificar os gastos públicos em conjunto a redução de impostos, algo similar ao ocorrido no início de 2009.
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