O noivo e o anjo

Queridos, tenho algo a confessar a todos, e agora abro o jogo, sem pudores: sou filho da PUC, tão legítimo quanto se pode ser. Tenho orgulho disso, estudei direito em São Paulo, no campus daquela universidade. Dilma já tinha sido presa e solta, não sei por onde andava. Tive o privilégio de estudar direito constitucional durante a Assembleia Nacional Constituinte, que nos deu a Constituição de 1989. Cada capítulo escrito pelos alucinados legisladores de Brasília era acompanhado por nós. Mas a grande ironia da história é o fato de que, durante um semestre, fui aluno do então ex-secretário de segurança de São Paulo Michel Temer, nosso atual vice-presidente. Sim, aprendi direito constitucional com ele, e só tenho elogios, pois foi um grande professor. Isso foi há 22 anos, ele tinha menos cabelos brancos, mas já mantinha a pose, mesmo na informalidade que reinava na faculdade ele nunca tirou o paletó durante uma aula, o que lhe rendeu o apelido de “Noivo de Bolo”. Estudantes de direito são inclementes com seus mestres, mas gostávamos dele. Naquele ano de 1989, Marcela, sua lindíssima esposa atual, tinha apenas 6 aninhos de idade. Ninguém poderia imaginar, na época, que ela viria a ser a nossa Carla Bruni, pois não tem a concorrência de nenhuma outra beldade no planalto, sequer institucional, eis que a presidenta é divorciada. Ela vai dar o que falar, podem contar com isso, seus vestidos serão imitados, o cabeleireiro ficará famoso, enfim, poderá seguir a escola Jackie à risca, e nós vamos nos divertir com isso.

Já o maridão, cacique do fisiológico PMDB, esse já não me diverte nada, e, como não dependo mais das notas para passar de ano, posso falar dele o que quiser. Ele dava aulas sobre a Constituição, portanto conhece muito bem o artigo 5º, que torna iguais todos os cidadãos, a despeito da sexualidade. Outro que andava por aqueles corredores, e sequer professor titular era, não me deu aula, era apenas assistente na equipe do professor Dallari (salvo engano), era o novo ministro da justiça José Eduardo Cardozo. Já era bastante alto, lógico, mas bem mais magro, e me lembro bem que alguns corações femininos caíam por ele, gerando piadinhas as mais maldosas dos meninos, coisas do tipo “Papa Anjo”. Pois, passadas mais de duas décadas, os dois estão em Brasília, no primeiríssimo escalão do governo Dilma, mas, casado com um anjo de verdade, está o Noivo de Bolo. A vida é divertida mesmo, e não é coisa de Gilberto Braga, é verdade pura. Abraços do Cavalcanti.


Comments

5 respostas para “O noivo e o anjo”

  1. “Um olhar gay sobre nosso mundo.”
    Para mim, está ótimo o texto, visse?!

    Abração,

    Gus
    de bh

    1. Gus querido, eu também gostei do texto, mas abro esse espaço para críticas. Eu sempre tento – e quero me reciclar – acho que faço isso todos os dias, mas jamais tentarei agradar a todos. Alguém acha que eu ia resisitr a contar meu contato com o Papa Anjo e o Noivo de Bolo? Parafrazeando Wilde: “Escrevam, mas escrevam sobre mim”.
      Abraços do Cavalcanti

  2. Detestei este post, achei o assunto tolo e irrelevante. Realmente meu caro acho que você está precisando de uma reciclagem.
    abraços de um leitor (ainda) assíduo.

  3. Mas o José Eduardo Cardozo também tem seu anjo: a bela Deputada Manuela D’Avila.

    1. Obsol, imagino que ele tenha, pois já era, e ainda o é, considerando-se a idade, um homão. Nunca fez meu tipo, mas é um homão, e por essa razão arrasava corações femininos. Certamente seduziu corações gays, embora seja bofe até a medula, mas isso eu já não testemunhei, nem lembro de nenhuma fofoca com esse teor. O cômico foi ver o Noivo de Bolo Michel Temer casado com uma menina que poderia ser minha sobrinha – e neta dele! Mas vamos ver como se comportam nos seus cargos. Temer não tem muito o que fazer, pois vice é vice, deve ser discreto, principalmente se considerarmos que a titular é uma fera como Dilma, melhor não se indispor com ela. Do ministro da justiça eu espero ações em favor de nossos direitos, e isso cabe a ele sim senhores. Se não fizer nada, vamos reclamar, e muito. Abraços do Cavalcanti

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