O novo mínimo e a farra dos vereadores

Chega a parecer deboche. Enquanto o país discute há semanas se o novo mínimo deve ficar nos R$ 545 propostos pelo governo, somos informados que o gabinete de cada vereador paulistano nos custa R$ 114,4 mil por mês.

Além do salário fixo que acaba de ser reajustado em 61,8%, indo para R$ 15.031, os nobres edis gastam mais R$ 84.407 com até 18 assessores e R$ 15.393 para as chamadas “despesas diversas”, segundo o noticiário da Folha desta sexta-feira.

Ficamos sabendo também que os deputados estaduais custam mais caro ainda: R$ 135,8 mil por mês, ou seja, R$ 20 mil a mais do que pagamos por um gabinete de deputado federal.

Tudo isso para quê? Quando o agora campeão de votos Tiririca perguntou, durante a campanha, o que faz um deputado federal, quantos eleitores saberiam a resposta certa? Quem sabe dizer para que serve um vereador ou um deputado estadual? O que eles têm feito para melhorar as nossas vidas?

Dá para acreditar que os vereadores torram mais de R$ 1,7 milhão só com correios numa época em que o mundo se comunica pela internet? A propósito, para a manutenção de sites, eles gastam outros R$ 199,6 mil. É uma farra do boi, uma festa do caqui com o dinheiro público, em que ninguém precisa prestar contas a ninguém.

E, depois de tudo, estas excelências todas ainda se aposentam com salário integral


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