Reeditado – 16:00 horas.
Meus caros, reli muita coisa sobre 2009, repassei toda a pauta gay do ano passado, e decidi eleger um personagem do ano, escolhido como aquele que eu mais admirei durante o ano inteiro. Não estou falando de gays, valia até mulher hétero, personagem pode ter qualquer sexo. O prêmio vai para o jogador são paulino Richarlyson, que, além de grande jogador de futebol (acaba de renovar seu contrato com o tricolor), é um exemplo único. Não sei se ele de fato é gay, isso é da conta dele, é a vida pessoal dele, e ele mesmo nunca se declarou gay. Ser ou não ser, nesse caso, realmente não importa.
Esse menino é o cara mais maravilhoso do Brasil. Há anos ele é um bom profissional, joga bem, e, seja qual for sua orientação sexual, enfrenta de cabeça erguida as mais brutais manifestações de ódio e homofobia que jamais se viram. Mais de 60 mil torcedores de seu próprio time o hostilizam, chegam a ameaçá-lo de morte. É como se ele fosse um toureiro e toda a arquibancada fosse de touros, mas ele continua firme, não liga, se une aos companheiros e faz seu papel, bate um bolão, joga bem, demonstra uma coragem incrível. Depois ele sai dali e vive normalmente, vai para casa, convive com a família e os amigos, não tem medo da vida. Importa se ele é gay ou não? Lógico que não. Vale seu exemplo de dignidade, profissionalismo, e coragem.
Já falei de gays no futebol, trouxe o relato do próprio (maravilhoso) jogador Raí sobre o assédio sexual infame que rola nos bastidores, falei muito de homofobia e preconceito, e usei até mesmo o futebol como analogia. Com tudo isso, repito que não importa se Richarlyson é ou não é gay, para mim ele é maravilhoso. Para dizer a verdade, e cutucar essa torcida, eu digo que Richarlyson é O Homem do Ano.
Em tempo: Acabo de ler o clip de hoje da Têtu, provavelmente a melhor revista gay do mundo, e o tema é exatamente a questão dos homossexuais no esporte – leiam. Basta usar o tradutor do Google.
Deixe um comentário