A cobertura do segundo dia do MaxiMídia pela Brasileiros começou com a palestra do consultor Stephen Kanitz, mediada por Luiz Lara, da Lew Lara/TBWA. Essa é a terceira vez que Kanitz é convidado para participar do evento. A primeira foi antes da crise econômica de outubro de 2008. Depois, ele voltou no meio do furacão. Agora, com a situação controlada e um futuro promissor, Kanitz afirma que essa é a hora perfeita para o brasileiro decolar junto com o País. “Quem não se der bem agora pode desistir”, analisa. [nggallery id=14168] Sobre o futuro próximo, o consultor acredita que Dilma Rousseff será a próxima presidente da República e, segundo ele, nesse governo iremos presenciar a drástica redução de nossas taxas de juros, o que irá incentivar e aquecer ainda mais nosso mercado e, principalmente, os pequenos investidores.LEIA TAMBÉM:
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Como usar a poderosa ferramenta chamada publicidade?Sobre a próxima década, Kanitz afirmou que a Copa do Mundo de 2014 e as Olímpiadas de 2016 trarão o Brasil de uma vez por todas ao cenário das grandes potências mundiais e nosso mercado, incluindo o publicitário, terá de aproveitar o momento. Hoje, segundo Kanitz, apenas uma empresa brasileira está no top of mind de mais de 50% da população americana em seu devido segmento, ou seja, é a primeira marca na qual consumidor pensa quando se fala no assunto. Essa empresa é a Taurus, fabricante de armas.Em uma das palestras mais ecléticas do MaxiMídia 2010 até agora, Kanitz também debateu sobre a liberdade de imprensa, que vem gerando muita polêmica atualmente. “Não sou petista, mas entendo a chateação de Lula com a imprensa. Sou violentamente contra, mas vejo culpa dos dois lados”, afirmou ele, ressaltando que nem sempre a imprensa é totalmente imparcial em questões políticas.Para encerrar, Luiz Lara parabenizou a todos pelo sucesso do evento, fundamental para um mercado que, segundo ele, gera tantos empregos e influencia diretamente no bom funcionamento de diversos outros setores.Na sequência, Gilson Nunes, da Brand Finance, foi o protagonista da palestra intitulada “A marca como o principal ativo intangível das empresas do século atual é hoje legalmente tratada como ativo das empresas”. A apresentação de Nunes foi rápida e sucinta. Por meio de slides autoexplicativos, ele provou que as empresas brasileiras ainda precisam de muito para poder competir de igual para igual com as grandes multinacionais.”Hoje, temos apenas três entre as 100 principais empresas do mundo”. Nunes também falou que muita gente se confunde ao usar o termo “empresa globalizada”. “Já temos algumas empresas internacionalizadas, porém, não globalizadas. Esse ainda é um conceito distante para nosso mercado”. Para terminar a apresentação, resumiu de maneira simples o que seria o conceito da marca. “Lembra daquela conversa de pai: ‘Olha meu filho, tudo que você carrega na sua vida é o seu nome, sua honra’. A marca é isso”, explicou.Após a pausa para o almoço e também para uma visita nos belos estandes do evento, como o do Google, do Terra, da Band e, claro, o da Brasileiros, foi a hora da entrega do prêmio MaxiMídia/Grupo RBS, cujos vencedores já eram conhecidos. O vencedor do Grand Prix, o mais votado entre os 11 premiados, foi anunciado somente nesta quarta-feira (6) e coroou o case Devassa Bem Loura, criado pela Mood para a Cervejaria Schincariol. No fim da premiação, foi anunciada a criação de mais uma categoria, a Agência do Ano.Às 14h30, foi a vez de Paulo Assal, com a palestra “Antecipando desejos e o que os consumidores brasileiros esperam das marcas”. Foi uma espécie de conversa com a mesa anterior, só que antes o papo era da marca para o público, agora o enfoque seria o oposto. Assal falou um pouco sobre seu trabalho na Voltage, que, segundo ele, consiste em monitorar tendências e comportamentos emergentes. “Antecipar os desejos é fundamental para gerar insights nos consumidores”. Para isso, disse que a estratégia é baseada no quadrilátero: observar, refletir, interpretar e interagir.Em relação à identificação do consumidor com a marca no mundo atual, o palestrante disse que a relação está completamente diferente. “Agora, o importante é a transparência e a interação”. Para Assal, as empresas não podem se limitar a levantar uma discussão, mas precisam participar também.Quase que complementando o pensamento de Assal, quem terminou o dia foi Ilana Bryant, da empresa americana StrawberryFrog. Ela falou sobre um tipo de campanha publicitária cada vez mais frequente nos dias de hoje, os movimentos. “Dessa maneira, não se atrai apenas consumidores, se conquista defensores e multiplicadores da marca”.Bryant também falou que não existe mais o pedestal que colocava as marcas acima dos consumidores. Hoje, as pessoas esperam, como ela mesma disse, que as marcas tenham três dimensões, ou seja, o público quer saber quem e quais valores estão por trás.Após a introdução, a americana apresentou algumas campanhas que ilustram exatamente esse pensamento. Nas considerações finais, Bryant afirmou que, para se obter sucesso pelas propagandas, não é preciso vender um produto, e sim vender uma ideia.O MaxiMídia 2010 termina nesta quinta-feira, 7 de outubro. Para saber mais, acesse o site do evento aqui.
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