Meus caros, convido todos a lerem os comentários ao meu post de ontem, no qual celebro a vitória do Rio como melhor destino gay do mundo. Também peço que visitem os comentários feitos ao post em que eu critiquei o absurdo dito pelo governador Requião, sobre câncer de mama em homens ser resultado das paradas gays. Lamento trazer este tema no dia seguinte à vitória como melhor destino gay, e dois dias depois da belíssima parada gay do Rio, mas é necessário. Dentre muitos comentários respeitosos e de bom nível, mandam-me outros de conteúdo inacreditável. Tenho retirado apenas aqueles cheios de palavrões, mantendo os demais, pois acho importante que a sociedade veja a que nos referimos quando falamos sobre o assunto.
A parada gay, e as festividades que a cercam, representam visibilidade, mas o ódio que despertamos ainda está onde sempre esteve. Não vou nem passar perto dos comentários de cunho religioso, pois costumam começar com Adão e Eva, e eu acredito na teoria da evolução, de Darwin. Acredito, portanto, que o homem evolui, a despeito de tantos cidadãos desembarcados da idade média diretamente para este blog. Também não posso ler a Bíblia – que já li muito, e continuarei a ler, em seu sentido literal, pois sei que se trata de um livro com muitos séculos de história, escrito em diferentes contextos, requerendo interpretação. Não vou ler a bíblia como Tomás de Torquemada lia.
O resumo da ópera é o seguinte: assim como não se pode discriminar ou falar mal de negros, de nordestinos, de judeus, de qualquer minoria, não se pode cair de pancada nos gays. Gays são pacíficos, reivindicam o direito a amar, e não agridem a sociedade. Mostramos isso em nossas mais de 150 paradas gays, realizadas em todo o Brasil. Precisamos da aprovação do PL 122/06, a nossa lei Shepard, pois será o instrumento na defesa de nossos direitos mais elementares, num mundo em que tantos nos odeiam, num mundo onde viaturas e delegacias de polícia, os mecanismos de defesa da cidadania, tantas vezes recusam o socorro a gays, e acolhem os criminosos homofóbicos.
Transcrevo abaixo, como exemplo, o comentário assinado pela Sra. Rosemeire, cujo teor acho ser auto-explicativo. Até louvar a pena de morte a homosseexuais ela se se permite.
“É o início da Ditadura Gay no mundo, era só o que faltava! Isto é cúmulo do absurdo, defender anormais como se fosse criaturas especiais – porque humanos não são. “Nenhuma lei é benéfica se ataca qualquer classe social ou restringe a sua liberdade de expressão”. Se a relação homossexual fosse uma coisa normal, natural não seria ainda hoje, em pleno século XXI, proibido em mais de 80 países, e em alguns deles, é punido com “pena de morte”. Muitos defendem o homossexualismo, mas ninguém quer ter um em casa. Segundo a professora e filósofa Edith Modesto (revista Época de 07/05/09, “algumas mães adoecem e até pensam em suicídio quando descobrem que o filho é gay”. Porque isso acontece? porque é um ato anormal, anti-natural, o pior castigo da natureza que uma família pode receber – nada, nada mesmo é pior. Eu mesma não aceitaria de forma nenhuma, não dentro de minha casa, vá viver sua anormalidade bem longe de mim e me esqueça. Outra coisa que prova que ser gay é anormal, é que basta dá opinião contrária à opção(ou orientação – cada dia muda e ninguém sabe o que gay é) dele, logo eles chamam o hétero de gay enrrustido. Porque fazem isso? porque sabem que estão fazendo uma ofensa moral… ser gay é uma ofensa moral para a própria dignidade humana. Essa é minha opinião! Gostem quem gostar!”
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