Ôctôctô lança disco de estreia em São Paulo

Fotos divulgação

Os músicos Yuri Prado, Migue Antar, Vítor Caffaro, Rubens de Oliveira, Luís Santiago Málaga, Felipe Roque, Adair Vinícius e Cibele Palopoli

Quando os jovens músicos que hoje compõem o Ôctôctô se juntaram para tocar pela primeira vez, em 2008, pretendiam praticar por conta própria jazz e música popular brasileira, dado que a faculdade que frequentavam já tinha foco em música erudita. Com o passar dos anos, no entanto, os estudantes da USP passaram a misturar mais as coisas, a incluir no repertório músicas autorais e a desenvolver uma sonoridade original e uma cara própria.

Agora, os oito membros do “Ôctôctô” (nome que além de somar dois “octo” na mesma palavra, traz a sonoridade da gíria “tô que tô”) lançam o homônimo disco de estreia, com uma música instrumental que explicita tanto influências eruditas quanto populares, tanto brasileiras como internacionais.

“O resultado disso é a utilização de formas musicais de maior dimensão, com diversas seções contrastantes e de difícil classificação de gênero, além da retomada de possibilidades formais há muito ausentes na música popular, tais como peças divididas em vários movimentos”, explica o saxofonista Luis Santiago Málaga.

Banda, big band, octeto ou pequena orquestra? Para Málaga, a melhor definição para o grupo seria “conjunto de câmara”, mesmo que o foco não seja apenas em música erudita. A formação, com sete homens e uma mulher (de em média 27 anos), traz bateria, contrabaixo, guitarra, piano, flauta, saxofone, trompete e trombone.

“Cremos que a nossa particularidade está, além da busca por novos coloridos de timbres, na atenção reservada ao discurso musical, na medida em que nossas composições ultrapassam o formato ‘tema-improvisação-tema’, tão comum na música popular de influência jazzística”, diz o saxofonista.

Discurso musical, este, que consegue transparecer, por vezes em uma mesma faixa, leveza e humor, drama e suspense. Nesse sentido, Málaga concorda que a música do grupo dialoga também com a linguagem do cinema: “Acho que as revoluções e evoluções que acontecem ao longo das nossas músicas invariavelmente levam o ouvinte a lugares muito distintos”.

Também nessa linha, Yuri Prado, guitarrista e compositor, completa: “Nosso repertório é bastante amparado em situações, lembranças e imagens marcantes para os integrantes. Quando um ouvinte se identifica e se emociona com a nossa música, essa é a nossa maior recompensa!”. Para quem quer conferir, o show de lançamento do disco (disponível para download no site) será neste domingo, dia 21, na Associação Cultural Cachuera!.

O grupo durante apresentação

 


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