Enquanto os sete membros da Comissão da Verdade escolhidos pela presidenta Dilma Rousseff tomam posse nesta quarta-feira, 16, oficiais reformados das Forças Armadas anunciaram a formação de uma “comissão paralela” para rebater as acusações do grupo. A comissão das Forças Armadas será formada por sete oficiais do Clube Naval do Rio de Janeiro.
Esta iniciativa é um termômetro de como as Forças Armadas brasileiras encaram a criação da Comissão da Verdade, já que os militares da ativa são proibidos de expressar-se publicamente. “Claro que coisas terríveis aconteceram nesse período, mas vítimas foram feitas dos dois lados e eles só querem contar um lado da história”, afirmou o vice-almirante Ricardo Antônio da Veiga Cabral, presidente do Clube Naval do Rio, descontente com a comissão criada pelo governo. “A comissão está ainda em estágio embrionário, mas temos claro que nosso objetivo é garantir que o relato contemple os dois lados”, disse Cabral.
De acordo com Cabral, existe uma injustiça na forma como a história daqueles anos vem sendo contada. “Os jovens hoje em dia nem conhecem a história narrada pelo outro lado porque a mídia adotou apenas uma versão”, afirmou.
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