Olhar estrangeiro

Curadores de diferentes festivais internacionais vieram para a 14ª Mostra de Cinema de Tiradentes conferir e debater a recente produção audiovisual brasileira. O trabalho colaborativo foi o que mais chamou a atenção de Agnès Wildenstein, do comitê de seleção do Festival de Locarno (Suíça). “É muito interessante ver jovens trabalhando normalmente, em conjunto. Vi grupos em que um trabalha como montador no filme do outro, depois vai fazer o seu próprio filme.”
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O clima das produções foi outra característica elogiada por Wildenstein. “É uma energia contagiante, em geral são amigos filmando juntos.” A curadora do Festival de Locarno, um dos mais antigos do mundo e conhecido por sua programação ousada, participou da mesa O Olhar sobre o Cinema Brasileiro, umas das discussões promovidas dentro da programação do ciclo de debates do Seminário do Cinema Brasileiro, em Tiradentes.
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O francês Benjamin Mirguet, curador da Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, na França, também presente na histórica Tiradentes, foi outro que não poupou confetes ao falar do novo cinema brasileiro. “É uma produção muito rica e diversificada que está sendo muito bem apresentada no cenário internacional”, disse.

Mirguet citou dois longas que estão despontando em festivais estrangeiros: Céu sobre os Ombros, premiado em Brasília e selecionado para a mostra competitiva do Festival de Roterdã, na Holanda, e Os residentes, que será exibido – ao lado de Tropa de Elite 2 – na mostra Panorama do Festival de Berlim.

A presença dos curadores estrangeiros em Tiradentes é resultado de uma parceria entre os programas Cinema Sem Fronteiras e Cinema do Brasil. “É o terceiro ano que nos juntamos para trazer responsáveis por festivais internacionais para verem mais de perto nossa produção audiovisual recente”, comemora Rachel Monteiro, consultora internacional do programa Cinema do Brasil.

Também estão em Tiradentes Fernando Chiappussi, programador do Bafici (Festival Internacional de Cine Independiente), de Buenos Aires, uma das principais janelas da produção independente na América Latina, e Américo Santos, diretor do Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, em Portugal, uma vitrine para o cinema brasileiro na Europa.


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