A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que quase a metade das pessoas infectadas por ebola, em oito países, morreram. São 10.141 infectados e 4.922 mortos, segundo o novo balanço divulgado neste sábado (25). Na última quarta-feira, a OMS tinha divulgada que o número de infectados era 9.936 e o de mortos, 4.877.
No total de infectados, 4.655 estão na Libéria, 3.896 em Serra Leoa, 1.553 em Guiné, 20 na Nigéria, quatro nos Estados Unidos, um no Senegal, um na Espanha e um no Mali. A Nigéria e o Senegal foram declarados livres do vírus há uma semana.
A OMS indica que, em sete meses de surto, 450 profissionais de saúde foram infectados e 244 morreram. A atual epidemia de ebola é o mais extenso e prolongado desde que o vírus foi descoberto, em 1976. No dia 8 de agosto, a OMS decretou estado de emergência de saúde pública de alcance mundial e fez um apelo para que a comunidade internacional se mobilize para combater a epidemia na África.
Nesta sexta-feira (24), a garota de 2 anos infectada por ebola no Mali morreu, segundo uma fonte oficial da área da saúde do país. A garota da cidade de Kayes, no oeste do país, chegou recentemente da Guiné, onde a epidemia já tem maiores proporções, e foi diagnosticada com a doença nesta quinta-feira (23). A OMS pediu ao governo de Mali para acelerar a conclusão de uma instalação de isolamento na capital, Bamako, e manter o público informado da situação. Um oficial do ministério, que pediu para não ser identificado, disse que a mãe da menina morreu na Guiné há algumas semanas e que a criança foi trazida por parentes para a capital do Mali, Bamako, onde ela ficou por 10 dias no bairro de Bagadadji, antes de se dirigir à cidade de Kayes. Uma declaração do ministério afirmou que a garota, que veio da cidade guineana de Kissidougou, deu entrada no hospital Fousseyni Daou, em Kayes, na quarta-feira (22) à noite, quando ela foi testada para o ebola.
Obama e Nina Pham
Também nesta sexta-feira, a enfermeira estadunidense Nina Pham, primeira pessoa a ser infectada por ebola nos EUA, foi recebida pelo presidente Barack Obama, na Casa Branca, em Washington. Depois do encontro, ela concedeu uma entrevista coletiva em frente ao Centro Clínico dos Institutos Nacionais de Saúde (NHI, na sigla em inglês) em Bethesda. “Eu me sinto afortunada e abençoada por estar aqui hoje”, disse aos jornalistas. “Estou em processo de recuperação, enquanto reflito sobre os muitos outros que não foram tão afortunados. Embora não tenha mais ebola, eu sei que pode demorar um pouco até eu recuperar as forças”, completou. Durante a visita à Casa Branca, horas depois de deixar o hospital, a jovem foi recebida no Salão Oval por Obama, que a abraçou.
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