OMS vê mundo próximo do fim da epidemia de Aids

Ainda não existe uma cura para a Aids, mas o mundo está próximo de criar uma “vacina”. É o que afirma Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de HIV/Aids da Organização Mundial da Saúde (OMS), que falou ao público em Washington, às vésperas da Conferência Internacional sobre a Aids, que começa nesta cidade no próximo domingo, 22 de julho.

Segundo Hirnschall, as conquistas nas pesquisas e o progresso em alguns países “demonstram que é possível avançar muito significativamente na ampliação da resposta, o que inclui começar a pensar na eliminação das novas infecções”.

Na segunda-feira, dia 16, o departamento que controla a produção de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos (FDA) aprovou o primeiro remédio para prevenir o contágio da Aids (leia aqui)

Os remédios antirretrovirais podem reduzir o risco de que as pessoas infectadas transmitam o vírus e evitar que as pessoas saudáveis sejam infectadas através de relações sexuais com parceiros com HIV, apesar dessas novas possibilidades gerarem controvérsia.

O mundo tem agora 26 antirretrovirais (conhecidos como ARV) no mercado e mais em desenvolvimento para o tratamento de pessoas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que infectou 60 milhões de pessoas e matou 25 milhões desde o início da epidemia.

“Temos um arsenal bem grande de drogas disponíveis”, disse Hirnschall, levando em conta que os medicamentos são melhores agora do que costumavam ser – menos tóxicos, mais robustos, menos propensos a desencadear resistência e mais toleráveis – mas ainda não são perfeitos.

Estudos recentes demonstraram os benefícios potenciais de iniciar o tratamento mais cedo, antes que a carga viral seja muito alta, como uma forma de proteger a saúde de uma pessoa infetada e diminuir o risco de transmitir a enfermidade ao parceiro.

 

 


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