O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, alertounesta quinta-feira, 31, sobre as ameaças de uma “catastrófica guerra civil” na Síria. Para ele, os riscos aumentaram depois do massacre de 108 pessoas, inclusive crianças, em Houla, no centro do país. Ontem, organizações não governamentais informaram sobre um massacre de 13 homens – mortos a tiros – cujos corpos foram encontrados com as mãos e os pés amarrados.
“Os massacres, como o do último fim de semana [o de Houla], podem mergulhar a Síria em uma catastrófica guerra civil. Guerra civil da qual o país vai ter dificuldades para se recompor”, alertou Ki-moon durante o fórum com os chamados parceiros da Aliança de Civilizações.
Para ele, é fundamental implementar o plano de paz negociado pelo emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, e negociar o fim da violência na região. A estimativa é que mais de 10 mil pessoas tenham morrido em cerca de 14 meses de conflitos. “Peço para que a administração síria honre seu compromisso de aplicar o plano de paz de Annan”, apelou.
Na última terça-feira (29) Kofi Annan conversou com o presidente sírio, Bashar Al Assad, e pediu que ele “tome medidas corajosas” encerrando a onda de violência. Segundo Assad, as dificuldades são impostas por “terroristas armados”, ele nega a ação do governo nos massacres.
Ki-moon lembrou ainda que os cerca de 300 observadores da ONU que estão na Síria são “os olhos e os ouvidos” da comunidade internacional para que “responsáveis pelos crimes possam prestar contas”. “Nós não estamos lá [na Síria] para assumir o papel de um observador passivo perante atrocidades sem nome”, disse ele.
Agência Brasil
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