Mais de 200 pessoas foram mortas nesta sexta-feira, dia 13, no vilarejo de Tremseh, na província síria de Hama, de acordo com informações da oposição síria. Se confirmado o número de mortes, esse seria o pior massacre do conflito sírio. Até agora, o episódio com o maior número de vítimas ocorreu em maio, quando 108 pessoas morreram em um ataque contra o vilarejo de Houla.
As denúncias ainda não puderam ser verificadas por veículos de imprensa ocidentais mas, de acordo com o correspondente da BBC em Beirute, Jim Muir, os dois lados do conflito sírio falam em um número alto de mortos em Tremseh, embora tenham versões totalmente diferentes sobre o que aconteceu.
Segundo opositores, sobreviventes relataram que o vilarejo foi alvo de ataques de helicópteros do Exército e tanques de guerra. Membros das Shabiha, milícias contratadas pelo presidente Bashar Al Assad, também teriam entrado em Tremseh abrindo fogo contra a população.
O Conselho da Liderança Revolucionária, um dos principais grupos de oposição na Síria, informou que a maior parte dos mortos em Tremseh era civis e que as tropas do governo estariam tentando retomar o controle do local dos rebeldes.
Já a imprensa oficial síria diz que o massacre foi organizado por grupos rebeldes para provocar uma escalada de tensões às vésperas de uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Síria.
De acordo com estimativas da oposição, mais de 16 mil pessoas já morreram no país desde o início dos confrontos entre tropas do regime e os rebeldes, que pedem a renúncia de Assad. A ONU fala em mais de 10 mil mortos no país, desde o início do conflito, há 16 meses.
Agência Brasil
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