Os cisnes maravilhosos

Meus caros, fui finalmente assistir ao Cisne Negro, o provável campeão de estatuetas no próximo Oscar. Gostei muito, Natalie Portman merece o Oscar, pois se desdobra, e está maravilhosa. Quase me peguei ensaiando passos de balé na saída do cinema, ela deu duríssimo. Ninguém chega àquele ponto de perfeição, com as chances de cair, de tentar a coreografia, de dar e não dar certo, mesmo com a chance de gravar e regravar que o cinema dá às atrizes. A metáfora dos cisnes, branco e negro, cabe a qualquer personagem da literatura humana. De Goethe a Chico Xavier, infinitas páginas já foram escritas sobre esse fenômeno absolutamente humano. Eu acho que o Oscar já é dela, benza Deus, ela merece. O filme me deu essa impressão, foi feito sob medida para agradar à Academia. Bárbara Hershey, como a mãe tenebrosa, está maravilhosa, adoro figuras patológicas como ela, requerem grandes atrizes, e cá está uma que não decepciona. Não vou estragar o final, mas é de prender a respiração, maravilhoso. É fundamental ver o filme antes do Oscar, pois vocês correm o risco de ficar sem assunto depois.

Fiquei chocado ao tentar ver o filme O Discurso do Rei, onde, dizem, Colin Firth dá um novo show, acompanhado de perto pelo sempre maravilhoso Geoffrey Rush, e descobri que só está passando às sextas e sábados, em horários específicos, ou seja, não está em grande circuito, desprezado pelos cinemas. Concorre a mais de dez estatuetas, incluindo as fundamentais melhor filme, ator, diretor, direção de arte, fotografia, etc. Trata-se, já ouvi de fontes mais do que fidedignas, de um excelente filme, Firth está ótimo. A realeza britânica está novamente em pauta, com o casamento de Kate e Willian, não posso entender como um filme desse calibre seja jogado às traças. Não desistirei.

Mas, por falar em filmes e Reino Unido, adorei as fotos de Meryl Streep caracterizada como Margaret Thatcher, a ex-primeira ministra britânica, sobre quem já falei aqui. Os britânicos adoram detestá-la. Digam o que quiserem, ela pegou uma Grã-Bretanha falida, à beira do colapso, o que significava um risco à própria monarquia, e deixou o país depois de ser reeleita por três vezes para o posto, uma delas, justiça seja feita, com a ajuda dos ditadores argentinos, que invadiram as Ilhas Malvinas, Falklands para os britânicos, e deram a qualquer governante aquilo que ele ama em uma situação de dificuldade: uma guerra ganha. Thatcher ganhou e levou a primeira reeleição. O filme tem tudo para ser um arraso, a começar pela atriz, pena que seja coisa para o Oscar do ano que vem. Tenhamos paciência. Abraços do Cavalcanti.


Comentários

Uma resposta para “Os cisnes maravilhosos”

  1. Meu caro, estou justamente esperando passar o Oscar para pegar as salas mais vazias. Adoro esses filmões todos, mas confesso que quero assistir a “Burlesque”. Beijas.

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