Os custos da velocidade

A segunda mesa do seminário “Brasil nos Trilhos” teve as participações de Hélio Mauro França, Henrique Amarante da Costa Pinto, já presentes na breve abertura do início do dia, e Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, Coordenador de Planejamento e Gestão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (Governo do Estado de São Paulo). O foco do debate foi o TAV (Trem de Alta Velocidade), o Expresso Aeroporto, o Trem de Guarulhos e as novas perspectivas econômicas que os projetos trazem.
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Hélio Mauro França, superintendente-executivo da Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), foi o primeiro a subir ao palanque e, com uma apresentação de slides, mostrou a evolução dos trens rápidos e a maneira como ele é utilizado em países de primeiro mundo, como China, Japão, Coreia do Sul e praticamente toda a Europa.

Outro ponto importantíssimo no debate dos trens rápidos é o meio ambiente. Mauro França citou esse lado, dizendo que a emissão de gás poluentes na atmosfera será infinitamente menor quando os trens estiverem rodando. Ele também falou sobre a segurança dos trens de alta velocidade. Segundo França, nunca ouve um acidente fatal na história. Além do Brasil, muitos outros países estão com projetos para a construção de linhas de trens rápidos.

Depois, o superintendente da ANTT apresentou o projeto da linha que vai ligar São Paulo ao Rio de Janeiro. A linha, que passa por Guarulhos, vai ligar o Aeroporto do Galeão até a cidade de Campinas, cruzando cidades como Resende, Aparecida e São José dos Campos. “O Trem de Alta Velocidade traz uma nova alternativa para nossas necessidades”, completou França

Henrique Amarante da Costa Pinto, superintendente do BNDES, falou em seguida sobre a responsabilidade de Guarulhos na execução do projeto. “O planejamento do município vai influenciar diretamente nos benefícios que o município irá receber em troca”, lembrou. Amarante apresentou mais alguns slides com os custos do projeto. Ele também falou sobre como se daria a concessão dos direitos do projeto, por meio de um leilão no qual a empresa compradora seria uma espécie de parceira.

Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro foi o último a ter a palavra e, inicialmente, também falou um pouco sobre os custos do TAV e apresentou algumas fotos ilustrativas de onde exatamente seriam os terminais dos trens. Depois, Ribeiro argumentou sobre todos os quesitos onde o trem traria benefícios: social, econômico, transporte, urbanístico e ambiental. Após o fim da apresentação de Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, a plateia teve a oportunidade de fazer algumas perguntas, respondidas de maneira rápida.

O evento tem uma breve pausa para o almoço e, por volta das 14 horas, voltará com uma mesa composta por Juan Frigério, do Escritório Foster & Partners, da Grã Bretanha, pela professora Dra. Raquel Rolnik, da FAU/USP, e também pelo professor Dr. Jaime Waisman, da Poli/USP, com debate zobre o efeito da construção de um trem de alta velocidade em uma cidade.


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