Os dias de Momo

Queridos, o carnaval já começou, as pessoas já estão desaparecendo, e, imagino, só  dentro de uma semana o Brasil vai voltar à vida. Salvo aqueles que têm seus destinos pessoais,  querem descanso, e têm um cantinho em algum lugar para se esconder, a maioria vai se jogar em quatro pontos cardeais: Rio de Janeiro, Salvador, Florianópolis e São Paulo. Em qualquer canto, terão de tudo. Foi-se a época em que esse era um momento apenas de samba, agora se encontra todos os tipos musicais, de altíssima qualidade. É curioso ver que os templos da música eletrônica vão continuar nesse estilo musical, quem quer sambar vai a outro lugar. Nunca se viram tantos DJs internacionais pelo País, e tocarão até mesmo ao vivo, como é o caso de Offer Nissim, mostrando seu talento no primeiro bloco gay de Salvador, o Liberty, que sairá pela rua, abrindo seu som a todos, mesmo àqueles que não tenham o tão cobiçado Abadá. Para as festas das casas noturnas das quatro cidades eu boto aqui os links, são muitos os DJs. Gente como Tony Moran, Chris Cox, Abel Rosário, a cantora Kelly Holand, e por aí vão. E não deixo de fora os DJs residentes das The Week, Flexx, Bubu, Cantho e Megga. Em Floripa, temos a Concorde, a Jivago, e a The Week de verão, a casa mais linda do planeta.

Você prefere samba? Pois é até mais fácil de achar, os blocos tomam as ruas do Rio de Janeiro e Salvador, a cidade fica intransitável, mas o melhor mesmo é sempre andar a pé, curtindo essa ressurreição do carnaval de rua. Em São Paulo, o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, organizado pelo sempre maravilhoso Alê Youssef, não é exatamente gay, mas razoavelmente tolerante, ao menos é essa a orientação dos organizadores. Vale a pena conferir.

Finalmente, e eu acho que eu mesmo vou entrar para essa turma, existe quem prefira se esconder em seu canto e descansar. Os filmes do Oscar estão todos em cartaz, são obrigatórios, os restaurantes estarão mais vazios, e o trânsito, ao menos em São Paulo, fica mais tranquilo. Aquele sítio próximo à sua cidade, com seus livros e discos, é luxo só, somente recomendo cuidado no retorno à sua cidade, pois o trânsito, com muitas horas de estrada, pode trazer de volta todo o stress superado na dança. Eu vou dando as dicas daquilo que aparece por aqui, farei plantão esses dias. Vamos todos nos jogar, na dança ou na cama! Abraços do Cavalcanti.


Comentários

Uma resposta para “Os dias de Momo”

  1. Avatar de epson miranada
    epson miranada

    “Dizem q o nosso país não vai mal porque o povo ainda faz carnaval” Já se foi o tempo em que carnaval tinha dois frequentadores: o rico ia a praia,frequentava camorotes vips e todo o luxo q o carnaval pode ofereçer, já o pobre fazia churrasco com a rapaziada, bebiam algumas cervejas e depois ia trabalhar na quarta depois do meio dia,Mas como voçe disse:São inumeros o ambientes ,temos forró ,setanejo,eletronico e acredite temos ate punk rock,acho q essa fusão q o carnaval teve deve-se um pouco ao publico gay,esse pessoal tambem veio mudando nos ultimos anos,não vemos mais bichinhas escondidas nos cinemas eroticos, ou em banheiros cheios de homens so para ficarem olhando um pinto aqui e outro ali é foda… Mas graças a nòs o mundo mudou quem sabe não teremos um bloco com a “gente” metendo o pau nos homofóbicos… Literalmente.Abraços do epson

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