Os discos de 2011

O ano de 2011 promete ser rico em novos álbuns. O site da Brasileiros indica algumas novidades interessantes, nacionais e estrangeiras, para você ficar ligado!NacionaisMarcelo Camelo

Depois do sucesso de Sou, seu primeiro álbum solo, de 2008, Camelo lança o segundo disco em 2011. O trabalho deve sair em março, já que está em fase final de mixagem. Sou tem um tom intimista e canções mais bossa nova e MPB, muito diferente da sonoridade mais rock que caracterizou o Los Hermanos, por exemplo. Fica a expectativa de como será o novo disco de um dos mais talentosos compositores brasileiros dos últimos tempos.

A volta de uma das grandes cantoras e compositoras do Brasil após quatro anos. Em 2006, Marisa Monte lançou dois discos de uma vez. Álbuns muito diferentes um do outro. Infinito particular, com belas canções intimistas, exploravam a delicadeza de sua voz, e Universo ao meu redor trazia Marisa solta, cantando ótimos sambas, músicas alegres e agitadas. Agora, é ver o que ela vai trazer de novidade depois de tanto tempo.

São seis anos de hiato de uma das mais famosas bandas do chamado Rock Brasil. O trio Paula Toller, George Israel e Bruno Fortunato vai lançar o 13º trabalho, depois de Pega vida, que trouxe hits como Peito aberto, entre outros. A banda ficou parada, mas Paula e Israel intensificaram as carreiras solo. Ela lançou SóNós e Nosso (disco ao vivo) e emplacou alguns sucessos, como All Over, canção em que fez dueto com o americano Donavon Frankenreiter. Já Israel mostrou Distorções do Meu Jardim e 13 Parcerias com Cazuza, esse último uma surpreendente lista do material produzido com o inesquecível Cazuza.

O nome do CD diz tudo: outra marcha, ainda acelerando. Trata-se do CD de estreia da banda de Liam Gallagher, ex-vocalista do Oasis. Aliás, não é apenas ele que faz parte do novo projeto, pois todos os antigos integrantes da lendária banda de Manchester migraram para a Beady Eye, com exceção do cérebro, guitarrista e responsável pela maioria das composições do Oasis, Noel Gallagher, que também deve lançar seu CD solo e inédito em 2011. Estreia solo já cercada de muita polêmica, após Liam afirmar que o irmão roubou a maioria das músicas que não entraram no último CD do Oasis, o Dig Out Your Soul, de 2008.Brigas à parte, Different Gear, Still Speeding está previsto para chegar às lojas no dia 28 de fevereiro e algumas músicas, como Bring the Light, já podem ser escutadas na internet. Boa, lembra muito o Oasis, mas ainda falta alguma coisa, ou melhor, alguém!

O nome do quarto trabalho da banda americana ainda não foi divulgado, mas está confirmado para março deste ano. Já era hora! Após três álbuns fantásticos em cinco anos, os músicos dos Strokes saíram para se aventurar em carreiras solo e projetos paralelos, deixando seus fãs órfãos desde 2006. Os fanáticos gastaram os ouvidos com First Impressions of Earth, último trabalho do quinteto.O primeiro CD, Is This It, mudou os paradigmas do rock quando lançado, em julho de 2001. Na sequência, Room on Fire, de 2003, também agradou a crítica, apesar de não ter causado o mesmo impacto de seu antecessor. O último deixou muito a desejar, em comparação com o impacto causado pelos dois primeiros. Agora, dez anos após surgirem, Julian Casablancas e banda prometem voltar às origens, com a ajuda do produtor Joe Chiccarelli (U2) e o experimentalista Beck, que tem a música brasileira como uma de suas paixões.

O CD do Radiohead em 2011 é mais uma torcida do que uma constatação. Em estúdio há tempos, os boatos diziam que o oitavo trabalho inédito da banda seria lançado ainda em 2010, Agora, é quase certo que o novo disco saia do forno em 2011. Resta saber se o trabalho será vendido nas lojas ou somente na internet pelo preço sugerido pelo comprador, como aconteceu com o último, In Rainbows, de 2007, que sacudiu as bases da já desestruturada indústria fonográfica.

2011 será também o lançamento do aguardado CD do Foo Fighters. E esse pode ter certeza de que será lançado este ano, apesar de ainda não ter nome. Isso porque o líder e fundador da banda, Dave Grohl, é um dos roqueiros mais inquietos da história.Após o fim do Nirvana, na qual era baterista, Grohl gravou uma fita demo na qual tocava todos os instrumentos. Daí saiu o esboço do primeiro álbum do Foo Fighters. Em 1997, em meio às gravações de The Colour and the Shape, considerado o maior trabalho da banda, o baterista William Goldsmith não aguentou o ritmo acelerado de turnê e estúdio da banda e abandonou o barco. Quem assumiu as baquetas? O incansável Grohl.Sabedor de que ninguém consegue aguentar seu pique, Grohl, de tempos em tempos, “passeia” por bandas, como quando gravou a bateria de Songs for the Deaf (2002), do Queens of the Stone Age e até chegou a sair em turnê com eles. Em seu mais novo projeto paralelo, o Them Crooked Voultures, Grohl também toca bateria junto com o guitarrista Josh Homme, do próprio Queens of the Stone Age, e com o baixista John Paul Jones, do Led Zeppelin.No novo CD do Foo Fighters, o destaque é a participação do baixista Krist Novoselic, companheiro de Grohl no Nirvana, em uma das faixas. A produção ficou por conta de Butch Vig, um dos gênios por trás do épico Nevermind. Ambos aparecem na foto acima, ao lado de Grohl.

O Sublime está, finalmente, aproveitando o sucesso e o prestígio mundial de sua música. Formada no fim da década de 1980 e começo da de 1990, a banda era despretensiosa, mas chegou a fazer certo sucesso entre um público californiano e praieiro. Em 1996, meses antes de lançar o CD que deixaria o trio mundialmente famoso, o líder e vocalista Bradley Nowell foi encontrado morto após uma overdose de heroína e a banda se desfez antes mesmo de ser considerada uma das grandes.Em 2009, Buddy Gaugh e Eric Wilson, os outros dois integrantes do Sublime, decidiram se juntar para uma série de shows/tributo e convocaram o jovem Rome Ramirez para vocalista. Rome fazia sucesso no Youtube cantando músicas da banda com sua voz praticamente idêntica a do falecido Nowell.A parceria deu certo e eles passaram a usar o nome Sublime with Rome, por questões legais. Em 2010, o grupo até veio ao Brasil, no festival SWU. Neste ano, a nova banda promete um CD inédito, mas na mesma linha dos clássicos do Sublime. Prova disso é a excelente Panic, que já está na internet.

Nossa última recomendação em álbuns internacionais de 2011 é uma incógnita. Afinal, apesar de geniais, não se sabe o que esperar dos Red Hot Chilli Peppers sem o incomparável guitarrista John Frusciante.A banda surgiu na primeira metade da década de 1980, mas até 1988 amargou o anonimato. Foi aí que uma tragédia colocou Frusciante na vida dos Chilli Peppers e mudou a história da banda. Após a morte, por overdose de heroína, de Hillel Slovak, guitarrista da banda, Flea, o baixista, acabou conhecendo John Frusciante, um fã fervoroso da banda, de apenas 18 anos. Flea não teve dúvidas de que aquele jovem era a pimenta que faltava. Acertou.Em 1991, veio o CD Blood Sugar Sex Milk, que transformou o Red Hot Chilli Peppers em banda do momento, com sucessos como Give it Away e Under the Bridge. Mas nem todos conseguem lidar com o sucesso. No ano seguinte, Frusciante abandonou seus companheiros para se dedicar única e exclusivamente às drogas. Nesse período, tanto o Chilli Peppers quanto Frusciante quase morreram: a banda, de maneira figurativa, e o ex-guitarrista, literalmente.Disposto a se ver livre das drogas de uma vez por todas, Frusciante aceitou o convite de voltar a seu antigo grupo em 1998. De cara, o Red Hot lança o aclamado Californication. Estava provado que o sucesso deles dependia do enorme talento de seu guitarrista. Dois álbuns depois (By the Way e Stadium Arcadium), Frusciante decidiu novamente deixar a banda, no final de 2009, felizmente uma saída não motivada por consumo de drogas. Agora, em 2011 a banda californiana lançará novo CD com Josh Klinghoffer na guitarra. A legião de fãs ainda não sabe ao certo o que esperar do Red Hot.

Palco internacional