O Burguês: entre a História e a Literatura
Franco Moretti
Tradução de Alexandre Morales, Três Estrelas, 248 páginas. Estudo iluminador que mostra como a busca de hegemonia por parte da cultura burguesa está entrelaçada à racionalização da prosa e à invenção do romance. Para tanto, Moretti se vale da análise de obras de Daniel Defoe, Machado de Assis, Flaubert e Balzac, entre outros.
O Império da Necessidade Greg Grandin, Tradução de Ana Deiró, Rocco, 400 páginas. Do mesmo autor de Fordlândia, conta a história incrível de uma rebelião de escravos em um navio negreiro, em 1805. Quase todos muçulmanos, mataram boa parte da tripulação espanhola que os levaria a Lima e exigiram que fossem levados de volta à costa ocidental da África.
Cortázar: Notas
para uma Biografia
Mario Goloboff
Tradução de José Rubens Siqueira,
Editora DSOP, 304 páginas. Tido como o biógrafo mais fiel de Cortázar, o também argentino Goloboff retraça os passos do autor de O Jogo da Amarelinha, cujo centenário se comemorou esse ano, a partir de cartas, novos documentos e testemunhos, além de análises lúcidas de seu estilo inovador e da sua militância política.
Altíssima Pobreza
Giorgio Agamben
Tradução de Selvino J. Assmann, Boitempo Editorial, 160 páginas. Neste estudo original, o grande intelectual italiano pesquisa as regras monásticas, mostrando como vivem os franciscanos em sua solidão e entrega espiritual, ao mesmo tempo que tece relações entre esta recusa ao mundo materialista e a sociedade contemporânea.
Os Contos de Canterbury
Geoffrey Chaucer
Tradução de Paulo Vizioli
Editora 34/Livraria Cultura
784 páginas. De acordo com Otto Maria Carpeaux, esse é o livro que inaugura a literatura inglesa. São contos medievais, cheios de humor e malícia, redigidos entre 1386 e 1400, num estilo que remete a Decameron, de Bocaccio.
Sukiaki de Domingo
Bae Su-ah
Tradução (do coreano)
de Hyo Jeong Sung
Estação Liberdade, 304 páginas. Romance fragmentário, descreve a vida de personagens nas periferias da Coreia do Sul. Mais ou menos interligadas, as histórias giram em torno de temas díspares, que vão da simples refeição do título a uma “modelo de pelos púbicos”.
Conversas
Graciliano Ramos
Org. Ieda Lebensztayn e Thiago Mio Salla
Editora Record, 420 páginas. Reunião de 45 entrevistas, enquetes e depoimentos que o escritor de Palmeira dos Índios concedeu a diversos jornalistas, de 1910 a 1952. O livro também inspirou uma exposição no MIS de São Paulo e traz 19 “causos” em que Graciliano é o protagonista.
Um Homem Burro Morreu
Rafael Sperling
Oito e Meio, 130 páginas. Segundo livro de contos do jovem autor carioca (28 anos), que antes havia lançado Festa na Usina Nuclear, pela mesma editora, traz 27 narrativas habitadas pelo sarcasmo, perversidade e o bizarro, em um raro equilíbrio entre o experimental e o prosaico.
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