Os jatos de combate F-5, usados pela FAB há quase 30 anos, serão os substitutos temporários dos Mirage 2000 comprados em 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para defesa do espaço aéreo brasileiro. Na verdade, os F-5 hoje podem ser considerados muito mais modernos e eficientes que os Mirage que estão sendo aposentados, pois passaram por um longo e detalhado processo de modernização na Embraer, incluindo a instalação de radares multi-alvos de fabricação israelense e novos sistemas eletrônicos e de controle de armas similares aos jatos de combate mais modernos do mundo. Voando a quase duas vezes a velocidade do som, os F-5 utilizam radares capazes de rastrear e enquadrar oito alvos ao mesmo tempo, e mísseis controlados eletronicamente, equipamentos que os Mirage não dispunham.
A FAB hoje já conta com 46 F-5 modernizados e mais 11 na fase final de modernização na Embraer. Os jatos hoje estão nas bases aéreas de Santa Cruz (RJ), Canoas(RS) e Manaus(AM). Em princípio, 12 serão transferidos para a base de Anápolis, em Goiás, perto de Brasília, onde ficam os Mirage desde o começo dos anos 70. Segundo o comandante da Aeronáutica, tenente brigadeiro Juniti Saito, a solução encontrada “embora não seja a ideal”, permitirá a defesa do espaço aéreo brasileiro com equipamentos eficientes e dotados da mais moderna tecnologia. O brigadeiro Saito espera que até o final do ano o governo decida qual será o jato do Programa F-X, destinado a equipar a FAB com 32 jatos supersônicos de alta tecnologia. Os concorrentes são o Grippen, sueco, Rafale, francês, e F-18, americano. Entre as exigências feitas pelo governo brasileiro aos concorrentes é que exista total transferência de tecnologia para o Brasil.
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