Outras crendices populares

Agosto
Os romanos acreditavam na existência de um dragão gigantesco e terrível que, durante o mês de agosto, passeava pelo céu cuspindo fogo pelas narinas. Na verdade, tratava-se da constelação de Leão nos céus do hemisfério norte naquele período do ano. Uma outra versão dessa superstição vem de Portugal e foi trazida ao Brasil pelos colonizadores portugueses. Diz que as mulheres portuguesas não se casavam no mês de agosto, pois era a época em que os homens zarpavam em expedições à procura de novas conquistas. Casar nesse mês significava, além de ficar só e sem lua-de-mel, a chance de tornar-se viúva.

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Crer ou não crer: eis a superstição

Arruda (Ruta graveolens)

Planta originária do sul da Europa associada às crendices e superstições. Popularmente conhecida como erva purificadora, é usada para atrair bons fluidos e afastar maus-olhados e vibrações negativas.

Elefante
Ter um elefante de enfeite sobre um móvel qualquer evita a falta de dinheiro. Isso se ele tiver a tromba erguida e for colocado de costas para a porta de entrada.

Guarda-chuva
Abrir guarda-chuva dentro de casa traz infortúnios e problemas aos familiares.

Gato preto

Na Idade Média, acreditava-se que as bruxas transformavam-se nesses animais. Por isso, diz a lenda que cruzar com gato preto é azar na certa.

Bruxa

Não passe em um cruzamento após a meia-noite: é lugar de encontro de bruxas e lobisomens.
Para fugir de bruxas
Basta cruzar os dedos de uma das mãos e dizer:

Tu és ferro
Eu sou aço
Tu és o diabo
E eu te embaço.

Cruzar os dedos
É costume cruzar os dedos ao fazer um pedido, contar uma mentira ou diante de algum perigo. O gesto, que evoca uma cruz, afasta a má sorte e as influências maléficas.

Brinde
Se no seu copo tiver bebida alcoólica, não brinde com ninguém cujo copo contenha bebida sem álcool. Vocês terão seus desejos invertidos.

Figa

Na Grécia antiga e em Roma, ter uma figa como amuleto era comum, principalmente para mulheres, pois era considerada símbolo de fertilidade. O polegar entre os dedos representaria o órgão masculino penetrando no feminino. No início do cristianismo, acreditava-se que colocar o polegar sob os outros dedos ou fazer figa afastava fantasmas e maus espíritos. Com o tempo, a figa, que foi trazida ao Brasil pelos europeus, passou a ser utilizada para proteção contra mau-olhado e influências negativas.

Dormir com os pés voltados para a porta traz a morte.

Bater na madeira
Originalmente, batia-se em um tronco de árvore. Os povos antigos acreditavam que, como caíam muitos raios sobre elas, isso era um sinal que os deuses moravam nas plantas. Assim, toda vez que se sentiam culpados por alguma coisa, batiam no tronco com os nós dos dedos para chamar as divindades e pedir perdão.

Pé-de-coelho

Carregar um pé-de-coelho no bolso para atrair a sorte não veio deste animal, mas da lebre. O rito nasceu da crença de que os ossos das patas da lebre poderiam curar gota e outros reumatismos. Para ser eficaz, o osso devia ter uma articulação intacta. Por serem tão parecidos, a lebre e o coelho passaram a fazer parte dessas crendices relativas a suas virtudes mágicas.

Trevo de 4 folhas

O trevo é uma planta com três folhas, mas quando encontrado com quatro folhas, algo raro, é sinal de boa sorte. Entretanto, para que ele dê sorte, o trevo de quatro folhas deve ser recebido de alguém e repassado para mais três pessoas.

Vestir-se de preto nos funerais
Estudos antropológicos indicam que a provável origem dessa tradição estava no medo dos vivos de serem possuídos pelos espíritos dos mortos. Assim, nos ritos funerários os homens primitivos pintavam seus corpos de negro para se camuflar e impedir que a alma do falecido entrasse em seu corpo.

São Jorge

Um belo e corajoso cavaleiro cristão teria salvado a população da cidade de Silene, na Líbia, de um terrível dragão, que, após acabar com todo o rebanho da região, estava devorando as jovens locais. Antes que a princesa fosse entregue em sacrifício, Jorge enfrentou o dragão, não sem antes fazer o sinal da cruz. Com um golpe certeiro, sua lança atingiu o monstro, que caiu morto. O cavaleiro explicou que só venceu porque invocou a presença de Deus ao fazer o sinal da cruz. Simbolicamente, Jorge personifica o cruzado sem medo, que luta contra o demônio para defender a fé cristã. Até hoje, muita gente confunde a lenda do cavaleiro Jorge com São Jorge, um romano que morreu mártir na perseguição de Diocleciano, no começo do século IV.

Sexta-feira 13

Diz a lenda que quando as tribos da Escandinávia foram convertidas ao cristianismo, Friga, a deusa do amor e da beleza, foi transformada em bruxa e isolada no alto de uma montanha. Como vingança, ela teria passado a se reunir todas as sextas-feiras com outras 11 feiticeiras, mais o próprio Satanás, para rogar pragas sobre a humanidade. Vem de seu nome as palavras friadagr e Friday, sexta-feira em escandinavo e inglês, respectivamente.

Romã (Punica granatum Linn)

Originária do sul da Ásia, a romã era cultivada pelos fenícios, que associavam o fruto à riqueza. Pela tradição, para que não falte dinheiro, deve-se comer sete sementes da fruta e guardar os caroços na carteira até o ano seguinte.

Gnocchi da sorte
Comer a massa todo dia 29 de cada mês traz sorte nas quatro semanas seguintes. É importante colocar uma nota de um real sob o prato, que só poderá ser gasta no dia 29 seguinte. Reza a lenda que um frade andarilho italiano bateu à porta de um casal de velhinhos, num dia 29. Pediu um prato de comida e o único alimento que havia na casa era gnocchi. Tempos depois, ele voltou para contar aos seus anfitriões que, após aquela refeição, sua vida havia mudado para melhor.

Pão
Quando o pão cai no chão, ele deve ser recolhido e beijado para que não falte comida a essa pessoa. Isso porque no pão estaria Nosso Senhor.

Patuá

Amuleto muito utilizado por pessoas ligadas ao Candomblé. Forma uma barreira contra más energias e mantém as vibrações positivas ao redor de quem o carrega. Pode-se fazer o próprio patuá de acordo com aquilo que se deseja e é para ser carregado na carteira ou pendurado no pescoço.

Santo Antônio

Fernando de Bulhões, verdadeiro nome de Santo Antônio, nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1192, numa família importante e cheia de posses. Seu pai, Martinho de Bulhões, era cavaleiro do rei Afonso II de Portugal, e Maria, sua mãe, era parente de Failo I, o quarto rei das Astúrias. Abdicou de sua riqueza aos 15 anos, quando entrou para um convento agostiniano em Lisboa. Em 1220, ao ingressar na Ordem Franciscana, trocou seu nome para Antônio. Morreu aos 39 anos, numa sexta-feira 13 de junho de 1231, e 11 meses depois foi canonizado pelo papa Gregório IX. Desde então, é objeto de grande devoção popular. É considerado o santo casamenteiro e o padroeiro dos pobres, sempre envolto em muitas rezas e simpatias.

Ferradura

É considerado um amuleto de sorte desde a Grécia antiga. Primeiramente, ele era confeccionado em barro, elemento que os gregos acreditavam servir como proteção de todo mal. Além disso, o seu formato lembra a lua crescente, símbolo de fertilidade e prosperidade. Recomenda-se usá-la no alto da porta, com as pontas viradas para cima, para que a sorte não vá embora. Mas há quem diga que ela deve ficar com as pontas para baixo, para que a sorte se espalhe por toda a casa.

Número 7

Segundo Pitágoras, matemático e pai da numerologia, o número 7 é sagrado, perfeito e poderoso. Junto com todos os ímpares, é considerado mágico. Ele aparece em vários fatos históricos. São 7: sacramentos, pecados capitais, notas musicais, maravilhas do mundo antigo, virtudes, pragas do Egito, dias para a criação do mundo, imperadores de Roma que morreram assassinados. Além disso, o arco-íris tem sete cores, há o manifesto das sete artes, pula-se 7 ondas no réveillon e 70 x 7 é a conta do perdão.


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