Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da Silva e ex-ministro-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, foi preso temporariamente nesta segunda-feira, em São Paulo, pela 35ª fase da Operação Lava Jato. A Polícia Federal diz ter indícios da participação dele em um suposto esquema de corrupção envolvendo a Odebrecht.
A prisão aconteceu no dia seguinte à fala controversa do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante evento de campanha de Duarte Nogueira (PSDB), adversário de Palocci na cidade do ex-ministro, Ribeirão Preto: “Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim”, declarou ele, na ocasião, se referindo a uma ação da Lava Jato.
Para o filósofo e professor da Universidade de São Paulo Pablo Ortellado, é “muito preocupante” a declaração do ministro da Justiça seguida da prisão de Palocci: “A Lava Jato está agora compartilhando informação com o poder executivo? Isso significa que os políticos que estão no governo como Geddel Vieira Lima, o próprio Michel Temer e o José Serra deixarão de ser investigados? Porque nada disso acontecia quando o MJ estava sob o comando do Cardozo…”, escreveu Ortellado em sua página de Facebook.
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