O papa Francisco celebrou nesta quinta (24), em português, a missa de ação de graças ao santo José de Anchieta, canonizado em 3 de abril, declarando que a causa da santidade do “apóstolo do Brasil” foi “não temer a alegria”.
O papa explicou que o santo, nascido em Tenerife, nas Canárias, foi um exemplo dessa alegria, fruto da “força de atração dos discípulos de Jesus”. Ele ressaltou que era isso precisamente que Anchieta ensinava, a “sua alegria”, que “para nós deve ser uma herança”.
A missa foi celebrada em Roma, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, um lugar simbólico, já que o espanhol Inácio de Loyola foi o fundador da Companhia de Jesus, ordem religiosa a que pertenciam Anchieta e o próprio papa.
Estiveram presentes na cerimónia fiéis, religiosos e autoridades, tanto da Espanha como do Brasil, entre os quais, o vice-presidente brasileiro, Michel Temer.
O próprio papa Francisco assinou o decreto para a canonização de Anchieta (1534-1597), graças à chamada “canonização equivalente”, que não necessita de milagres e é feita por reconhecimento do fervor popular.
José de Anchieta – que ainda muito novo foi estudar em Portugal e onde entrou para a Companhia de Jesus – é conhecido como o “apóstolo do Brasil”, pelo seu trabalho evangelizador e humanitário, sobretudo com os índios, que protegia da violência e da escravidão. É venerado especialmente em São Paulo, a maior cidade brasileira, tendo sido um dos seus fundadores.
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