Mesmo tendo vencido quatro das cinco finais de Copa Libertadores que fez contra Brasileiros, o Boca Juniors não tem um prognóstico tão favorável na competição em jogos no território nacional. São 18 como visitante no país, com seis vitórias, cinco empates e seis derrotas.
São Paulo, onde acontece o confronto final entre o Corinthians e o Boca pela Libertadores na quarta-feira, dia 4, é a segunda cidade com mais jogos do time argentino no Brasil. São cinco confrontos, nos estádios do Morumbi e do Parque Antártica. A cidade só perde para o Rio, que viu o Boca seis vezes. O time nunca jogou oficialmente no Pacaembu, local da decisão.
A estatística na capital paulista é ainda mais parelha que a nacional, com uma vitória do Boca, três empates e uma derrota. Esta, aliás, foi a maior goleada sofrida pelo time na Libertadores no Brasil: um sonoro 6 a 1 diante do Palmeiras, em 1994.
Mas a estatística esconde um grande perigo para o Corinthians. Caso o resultado mais comum entre Boca e times de São Paulo se repita na quarta-feira a decisão vai para os pênaltis, onde o time argentino tem grande vantagem.
Por confrontos eliminatórios da Libertadores foram três disputas de pênaltis contra Brasileiros, duas vezes contra o Palmeiras, em 2000 e 2001, e uma contra o São Caetano, em 2004, e três vitórias da equipe azul e ouro.
BOCA E O BRASIL
O Boca enfrentou um brasileiro logo na sua primeira Libertadores. Foi em 1963, quando a equipe enfrentou o Santos de Pelé na final da competição. O time da baixada ganhou a Copa vencendo os dois jogos contra o Boca, em La Bombonera e no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, casa informal do time na época. O “maior do mundo” é, aliás, o estádio mais “temido” pelos xeneizes. Foram três jogos e três derrotas.
Mesmo com números parelhos contra o Brasil nos confrontos fora de casa, o Boca faz jus à sua fama de “copeiro” e é soberano nos mata-matas. Além das quatro finais vencidas, o time eliminou o Atlético Mineiro em 1978, o Corinthians e o Flamengo em 1991, o Palmeiras em 2001, o Paysandu em 2003, o São Caetano em 2004, o Cruzeiro em 2008 além do Fluminense nesta edição. Sem contar as finais, o único time Brasileiro a conseguir a façanha de eliminar o Boca foi o Fluminense, nas quartas de final de 2008. Em 1994 Palmeiras e Cruzeiro “eliminaram” o Boca, mas na fase de grupos.
CONFIRA TODOS OS JOGOS
1963 – Final – Santos 3 x 2 Boca – Maracanã – Rio de Janeiro
1977 – Final – Cruzeiro 1 x 0 Boca – Mineirão – Belo Horizonte
1978 – Semifinal – Atlético Mineiro 1 x 2 Boca – Mineirão – Belo Horizonte
1991 – Oitavas – Corinthians 1 x 1 Boca – Morumbi – São Paulo
1991 – Quartas – Flamengo 2 x 1 Boca – Maracanã – Rio de Janeiro
1994 – Fase de grupos – Palmeiras 6 x 1 Boca – Parque Antártica – São Paulo
1994 – Fase de grupos – Cruzeiro 2 x 1 Boca – Mineirão – Belo Horizonte
2000 – Final – Palmeiras 0 x 0 Boca – Morumbi – São Paulo
2001 – Quartas – Vasco 0 x 1 Boca – São Januário – Rio de Janeiro
2001 – Semifinal – Palmeiras 2 x 2 Boca – Parque Antártica – São Paulo
2003 – Oitavas – Paysandu 2 x 4 Boca – Mangueirão – Belém
2003 – Final – Santos 1 x 3 Boca – Morumbi – São Paulo
2004 – Quartas – São Caetano 0 x 0 Boca – Anacleto Campanela – São Caetano do Sul
2007 – Final – Grêmio 0 x 2 Boca – Olímpico Monumental – Porto Alegre
2008 – Oitavas – Cruzeiro 1 x 2 Boca – Mineirão – Belo Horizonte
2008 – Semi – Fluminense 3 x 1 Boca – Maracanã – Rio de Janeiro
2012 – Fase de Grupos – Fluminense 0 x 2 Boca – Engenhão – Rio de Janeiro
2012 – Oitavas – Fluminense 1 x 1 Boca – Engenhão- Rio de Janeiro
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