João Bittar faz parte da história do Brasil, assim como o Brasil faz parte das histórias de João Bittar. Morto em dezembro de 2011, vítima de um infarto, o fotojornalista, que passou pelas principais redações do País, vive para sempre através de suas fotos e de sua maneira única de olhar para o mundo e de olhar para os outros, sempre com sua câmera, sempre de perto.
Na última quinta-feira, 14 de março, ele completaria 62 anos de idade e, para celebrar a data, nada mais justo que um bela exposição com parte da obra que realmente representa quem foi João Bittar. Com curadoria da filha de João, a também fotógrafa Thays Bittar, a exposição Passagens, na Ímã Foto Galeria, traz 40 fotografias do artista tiradas nas andanças cotidianas de Bittar, hábito que gostava de cultivar.
Segundo Thays, seu pai tirou aproximadamente 40 mil fotos nos últimos dois anos e as compartilhava com seus amigos do Facebook. “Ele vivia uma fase em que eu acho que ele estava querendo se ‘reencontrar’ com a fotografia. Ele estava sem muita oportunidade de trabalho nessa época e sua cabeça, cheia de informação, precisava achar alguma forma de mostrar algo para as pessoas”, comentou Thays.
Thays contou que, para ela, nas paredes da Ímã Galeria está relatado o caráter da pessoa e do profissional João Bittar. “Da pra ler claramente, em cada uma das fotos, a atitude que ele tinha em relação ao seu entorno, as pessoas em sua volta, sempre tratando todos de igual para igual”, analisou ela.
A exposição vai ficar até o dia 24 de abril na Ímã Foto Galeria, na rua Fradique Coutinho 1239, no bairro da Vila Madalena. Para quem gosta de fotografia, vale a pena ver um fragmento da eclética obra e da pessoa de João Bittar.
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