Meus caros. Este era o post que eu estava escrevendo quando chegou a notícia da vitória do Rio como melhor destino gay do mundo em 2009 – Não pude ir à parada gay do Rio de Janeiro. Não que eu tenha feito falta, pois os relatos nos mostram mais um sucesso, mesmo com chuva. Nosso padroeiro, afinal, não é São Pedro, mas São Sebastião. Acho que a parada ainda nos ajuda, na medida em que nos dá espaço na mídia, todos os jornais locais dão a maravilhosa bandeira do arco-íris na primeira página, o número de participantes mostra nossa força, e a presença maciça de heterossexuais mostra que não é toda a sociedade que nos hostiliza. A presença das autoridades já se tornou obrigatória, coisa que não ocorria no passado, e nos habilita a cobrar este apoio nas questões práticas, vale dizer, na conquista de respaldo legal aos nossos direitos.
O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, marcou presença. O prefeito Eduardo Paes foi, mas poderia ter ficado mais, não sei por que foi embora, mas o governador Sergio Cabral acompanhou até o fim. Ponto para ele. Segundo o jornal O Globo de hoje, Eduardo Paes e Sérgio Cabral desafiaram São Paulo, e prometem organizar uma parada, em 2010, maior que a de São Paulo. Sabem quem ganha? Os gays e as duas cidades. Além de receberem uma dinheirama dos gays que vêm para as paradas, as cidades vão receber – se eles saírem atrás do desafio – recursos estaduais e municipais. Antes que alguém diga que é bobagem, que o dinheiro poderia ser utilizado de outra forma, lembro que a parada é o maior evento turístico do ano, no calendário paulista. Parada gay significa turista, um turista que gasta o dobro do turista heterossexual, significa empregos, significa boa exposição internacional. Imaginem vocês o efeito bárbaro que as notícias de uma parada gay bem organizada não causa mundo afora, principalmente em um momento em que a violência carioca toma as manchetes. Nós, gays, também vamos ajudar a mudar o Rio. Contem conosco.
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