Parceiros fenomenais

Fenômeno é fenômeno, isso não se discute! Mas, como todos os mortais, até os gênios trabalham melhor com algum parceiro, seja um companheiro ou um amigo. Afinal, para um matador como Ronaldo deixar a sua marca, a bola precisa chegar. Se o meio campo estiver feito, é só passar que é gol!O site da Brasileiros enumerou as 9 pessoas marcantes da carreira do Fenômeno. São pessoas que, direta ou indiretamente, participaram de todas as pinturas de Ronaldo e são reconhecidas até hoje por isso. Vamos lá!

1 – Jairzinho, o descobridorO Furacão da Copa de 1970 tinha faro de gol quando vestia a 7 da seleção brasileira e de todos os grandes clubes pelos quais passou, como Cruzeiro e Botafogo. Depois de se aposentar, ficou dentro do futebol, primeiro como técnico e depois como empresário. Jairzinho percebeu o talento do pequeno Ronaldo Nazário já nos primeiros toques na bola do menino. Segundo o tricampeão, na época em que ele treinava o São Cristovão, teve a oportunidade de ver alguns jogos de futsal de seu clube e acabou trazendo o garoto Ronaldo para os gramados. Foi ele também o responsável por indicar Ronaldo ao Cruzeiro, apesar de não ter se envolvido nas negociações, que ficaram sob a responsabilidade dos então empresários Alexandre Martins e Reinaldo Pitta, que conheceram o futuro Fenômeno por intermédio do próprio Jairzinho.


2 – Rodrigo Paiva, o parceiroNo meio futebolístico, Paiva foi um grande braço direito de Ronaldo. Braço direito, esquerdo, tronco, cabeça e pernas, principalmente pernas. Em entrevista ao iG na última quinta-feira (17), Paiva se lembrou dos primeiros contatos com o já Fenômeno, no final de 1998, e o grande laço profissional e afetivo que eles desenvolveram. O atual diretor de comunicação da CBF também se recordou do difícil momento vivido pelo jogador após a grave lesão no joelho, que, se não fosse em um joelho fenomenal, poderia ter significado um fim prematuro da carreira de qualquer atleta. Eles estiveram sempre juntos e, nessa época, Paiva praticamente morou na casa de Ronaldo, na Itália, durante toda a recuperação.Em 2005, os dois acabaram brigando as vésperas do casamento de Ronaldo com a modelo Daniela Cicarelli, por motivos que Paiva preferiu não detalhar. A relação passou por um hiato de cinco anos, foi retomada agora, ao final de 2010 e, segundo Paiva, está tão forte quanto antes.


3 – Gérard Saillant, o anjo da guardaMuitos podem não saber de quem se trata, porém, com toda certeza, essa pessoa é uma das mais fundamentais para que Ronaldo seja o que é hoje. Foi ele o médico responsável pela cirurgia no joelho direito do Fenômeno em 2000, quando o jogador defendia a Inter de Milão. Em 2008, quando se lesionou novamente, agora no Milan, Ronaldo novamente confiou em Saillant para coordenar a cirurgia que, mais uma vez, o devolveria aos gramados. Um anjo da guarda fenomenal.


4 – Luiz Felipe Scolari, o paizãoMuitos acusam o treinador de futebol de ser muito cabeça dura. Mas esse possível defeito foi uma grande qualidade em uma fundamental passagem da vida de Ronaldo, uma das maiores alegrias do futebol mundial: o pentacampeonato mundial do Brasil, em 2002. Foi a consagração em forma de superação de uma lenda viva. Enquanto muitos pediam a convocação do baixinho Romário para a Copa de 2002, Felipão resolveu confiar em seus instintos. Em vez de chamar o craque da Copa de 1994, que já havia cometido alguns deslizes com o treinador, como a ocasião em que pediu dispensa da Copa América para se tratar de uma lesão e logo em seguida jogou pelo seu time, o Vasco, Felipão optou por Ronaldo, que pouco jogara nos dois anos anteriores, devido a grave lesão que quase abreviou sua carreira. Muito grato, Ronaldo calou grande parte dos críticos e abriu a boca do restante do mundo, sendo o grande nome do mundial na quinta conquista brasileira. Após o penta, Felipão também foi elevado ao 1º escalão dos treinadores mundiais.


5 – Rivaldo, o companheiroOs dois já defenderam Barcelona, Milan e Corinthians. Porém, foi só na seleção brasileira que se encontraram. E que encontro! A Copa de 2002 apresentou ao mundo uma das melhores parcerias da história do futebol. Se é possível dizer que, em 1994, não venceríamos a Copa sem Romário e Bebeto, em 2002, não levaríamos a taça sem Ronaldo e Rivaldo. Se um não brilhava em um jogo, o outro aparecia. Se os dois estivessem em alta, então, melhor sair de perto. Quem sabe muito bem disso é a pobre seleção alemã, que levou os dois gols de Ronaldo com participações ativas do craque Rivaldo: um rebote de uma bomba do camisa 10 e um corta-luz maravilhoso para o Fenômeno matar o jogo. Dupla inesquecível!


6 – Romário, o ídoloJá que citamos Romário acima, nunca é bom esquecer o baixinho. Ele sempre foi uma das grandes inspirações de Ronaldo que, aos 17 anos, assistia, do banco de reservas, seu ídolo levar o Brasil ao tetracampeonato da Copa do Mundo, nos EUA, em 1994. Após quase 15 anos, quando Ronaldo voltou ao Brasil e foi sabatinado pelo jornal Folha de S. Paulo, contou um episódio divertido e curioso da época em que ainda era um tímido garoto no mundial dos EUA. Às vésperas da Copa, jornalistas perguntavam se não cabia no time o trio Romário, Bebeto e Ronaldinho, que começava a despontar pelo Cruzeiro. Quando questionado por repórteres, o acanhado garoto deixou a decisão nas mãos do treinador. “Você não quer jogar, moleque?! Então fala que quer jogar!”, deu a bronca o craque Romário.Quando saiu do Brasil, Ronaldo fez trajetória semelhante à de Romário, indo para o PSV, da Holanda, e, logo depois, ao poderoso Barcelona. As semelhanças não param por aí. Quem se lembra do gol salvador do Fenômeno na semifinal da Copa de 2002, contra a Turquia? Uma obra-prima, segundo o próprio autor, “a la baixinho”.


7 – Zinedine Zidane, o amigo da onçaTirando os brasileiros, Ronaldo sempre disse que um grande amigo seu no futebol é Zidane. Porém, antes de se encontrarem no Real Madrid, Zizou foi protagonista de uma das maiores tristezas em campo para Ronaldo, ao marcar dois gols de cabeça e levar a França ao título da Copa de 1998, vencido sobre o Brasil.Anos mais tarde, os dois se reencontraram no clube espanhol e formaram o que ficou conhecido na época como a geração galáctica, uma espécie de milionária seleção do mundo. Juntos, conquistaram dois títulos espanhóis, um Mundial de Clubes e uma Supercopa da Espanha. São eles também os recordistas de títulos de melhor jogador do mundo da FIFA, com três conquistas cada.Amigos, amigos, negócios à parte. Na Copa de 2006, o francês mais uma vez cresceu sobre o Brasil e foi o grande responsável pela eliminação prematura da seleção de seu amigo Ronaldo, nas quartas de final.Apesar de ter se aposentado logo ao final da Copa de 2006, após a triste derrota, nos pênaltis, para a Itália, e a polêmica cabeçada em Materazzi, o nome de Zidane foi cogitado como um eventual reforço do Corinthians, logo que Ronaldo se apresentou ao alvinegro. Mas tudo não passou de piada, uma brincadeira entre amigos.


8 – Roberto Carlos, o irmãoSe Ronaldo não trouxe Zidane para o Timão, quem veio foi o parceiro de todos os momentos, Roberto Carlos. Os dois cresceram juntos na seleção e sempre foram os principais comandantes das brincadeiras. No Real Madrid, estreitaram ainda mais os laços, tanto que abandonaram a equipe espanhola praticamente juntos. Com certeza absoluta, a presença de Ronaldo no Corinthians foi um dos principais fatores para que o lateral-esquerdo assinasse com a equipe paulista. Coincidência ou não, praticamente no mesmo momento em que um anunciou a aposentadoria, o outro foi vendido para o futebol russo. Que grude!


9 – Dentinho, o filhoDentinho e Dentão. Não é uma dupla sertaneja, e sim a dupla de amigos inseparáveis do Corinthians nos dois anos em que Ronaldo esteve no clube de Parque São Jorge. Logo de cara, o Fenômeno “adotou” Dentinho. Os dois viviam brincando e se provocando, seja nos treinos, concentrações, ou até no Twitter! O @ClaroRonaldo não perdoava (e vai continuar não perdoando!) um erro de grafia sequer do @mlkdentinho. Como bom filho agradecido, Dentinho passou o dia 14, dia do anúncio da aposentadoria de Ronaldo, enchendo seu perfil de homenagens, terminando com a seguinte mensagem, em letras garrafais: OBRIGADO, PAPAI @ClaroRonaldo!!!

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