Parlamentares cassados pela ditadura reassumem simbolicamente os cargos

Vinte e oito parlamentares serão diplomados no Congresso Nacional, na tarde dessa quinta-feira, 6 de dezembro. O ato solene, porém simbólico, vai reconhecer os mandatos de um total de 173 políticos eleitos que tiveram as prerrogativas usurpadas entre 1964 e 1977 pela ditadura militar. Parentes dos 145 que já morreram serão recebidos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que entregará diplomas e broches de uso parlamentar. “A nossa preocupação é que esse gesto chegue à consciência dos cidadãos deste País, sobretudo, das novas gerações”, afirmou a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que propôs a iniciativa em nome da Comissão da Verdade da Casa.

Entre os que receberam as honras da casa está Almino Affonso, ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social no governo de João Goulart, que teve o cargo de parlamentar cassado logo após o golpe, em abril de 1964. A homenagem simbólica incluiu os nomes do ex-relator da Assembleia Nacional Constituinte, Bernardo Cabral, e dos ex-governadores de São Paulo, Mário Covas, do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, do Amazonas, Gilberto Mestrinho e do Distrito Federal, José Aparecido. Também integram a lista de parlamentares já falecidos a sobrinha-neta de Getúlio Vargas, Ivete Vargas, e o Padre Vieira, ambos com o mandato cassado pelo Ato Institucional 5, e Rubens Paiva, sequestrado e morto pelos militares em 1971.


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