Com pompa e circunstância, Ricardo Teixeira, o dono da CBF, anunciou, logo após a eliminação do Brasil nas quartas de final da Copa da África do Sul, que faria uma completa renovação no nosso futebol, com a contratação de um novo técnico e a convocação de jogadores jovens para 2014.
Menos de duas semanas depois, leio no iG que Teixeira vai convidar Carlos Alberto Parreira para assumir o cargo de coordenador de seleções. E ainda admite que ele pode comandar a “nova seleção” nos cinco amistosos que restam até o final de 2010.
Teixeira só pode estar de brincadeira Parreira de volta para comandar um processo de renovação? Por que não o Zagalo? Afinal, os dois trabalharam juntos na Copa de 70 no México – um como treinador, o outro como preparador físico.
Afinal, passaram-se apenas 40 anos. São verdadeiros revolucionários, com alguma experiência adquirida, é verdade. Como a CBF é uma entidade privada, Teixeira pode fazer o que bem quer no seu domínio particular, como se fosse a sua fazenda, sem ter que dar satisfações a ninguém. Vamos nos queixar para quem?
Não queria estragar o domingo dos caros leitores, agora que o sol voltou a brilhar em São Paulo, depois de uma semana de frio e chuva, mas não poderia ficar calado diante de tamanho disparate. Só espero que Parreira, em defesa da sua própria biografia de profissional vencedor, com seis Copas do Mundo nas costas, tenha o bom senso de não aceitar o convite.
Se fosse para assumir o trono do próprio Ricardo Teixeira, até que ele teria meu apoio. Pelo currículo, Parreira poderia perfeitamente assumir a presidência da CBF e promover uma completa reformulação do nosso futebol. Tem até pose de cartola. Mas, para comandar a seleção, melhor seria chamar alguém um pouco mais jovem capaz de devolver as esperanças ao torcedor brasileiro.
Bom domingo a todos.
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