Meus caros, fui sabatinado ontem por alguns amigos sobre minhas relações com a Índia. Isso porque dois personagens que estão nas livrarias, em livros de grande sucesso, foram buscar um caminho espiritual naquele país, e encontraram. O primeiro livro, Comer, Rezar e Amar, já bateu recordes de venda no mundo inteiro, virou filme, e está levando milhares de pessoas a repetir a experiência de vida de Elizabeth Gilbert. O outro personagem, que também foi buscar respostas espirituais para a própria vida na Índia, pois estava vivendo la vida loca, foi ninguém menos que Ricky Martin, o qual relata sua experiência no livro Eu, sua autobiografia, já traduzida e nas livrarias. Eu acho bárbaro que tantos milhões de pessoas mundo afora sejam sugestionados por esses livros a buscar a riqueza que a Índia de fato tem, que é capaz de mudar a vida de muita gente, como mudou a minha: a espiritualidade. Eu jamais diria que os outros países e culturas não sejam espiritualizados, você pode perfeitamente se encontrar consigo mesmo, e ser feliz, sem ter de sair de sua própria cidade. Temos ao nosso redor todas as religiões, com seus ricos ensinamentos, e informação é o que não nos falta. O que os dois livros narram, e que eu posso confirmar, pois vivi isso eu mesmo, é que a experiência de visitar um universo absolutamente diferente daquele que conhecemos, fazendo uma imersão em uma cultura tão rica, nos permite enxergar a nós mesmos por outros ângulos, e nos dá instrumentos maravilhosos para transformar nossas vidas.
Viver as experiências que esses livros relatam não significa mudar de religião. Você pode perfeitamente continuar a ser católico, judeu, ou muçulmano, o que for. Religiões nada mais são que caminhos que buscam a espiritualidade, e não existe uma religião melhor ou pior do que a outra, existe aquela em que você nasceu, ou a qual adotou, e todas são maravilhosas. Conhecer a outra religião só vai te acrescentar mais bagagem cultural, e te dará novos instrumentos para transformar sua própria vida. Eu menciono, por exemplo, a beleza da meditação e dos mantras, que conheci através dos indianos. Já disse aqui que nasci católico e ainda o sou, mas estudei as outras religiões, busquei pelos ensinamentos de gurus indianos, hoje ainda estudo cabala, e sou um devoto feliz e agradecido de Mata Amritanandamayi, a Amma. Esse assunto é inesgotável, e merecerá vários posts. Vou adorar. Abraços do Cavalcanti.
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