A segunda-feira foi histórica no Brasil. No Rio de Janeiro, mais de 100 mil pessoas foram as ruas. Em São Paulo, o número também foi próximo. Em outras capitais e até em cidades menores, os protestos também aconteceram. O Movimento Passe Livre, que reivindica a redução das tarifas no transporte público esteva por trás das organizações nos principais pontos.
Para quem temia que os protestos poderiam acabar não dando em nada, boa notícia: autoridades anunciam reduções provisórias para que a situação se normalize. Em Cuiabá (MT), onde os protesto não chegaram com intensidade, Mauro Mendes (PSB) se antecipou e anunciou a redução, de R$ 2,95 para R$ 2,85 entrando em vigor já amanhã, quarta-feira, 19 de junho.
Em Porto Alegre, onde as manifestações já perduram desde fevereiro e tiveram seu pico no violento protesto da última terça-feira, 17 de junho, que resultou em prisões, feridos e muita confusão, José Fortunati (PDT) também acenou com uma trégua, apesar de ter informado que, em um primeiro momento, a baixa possível será de apenas R$ 0,05, fixando o preço total em R$ 2,80 e sem estipular uma data, já que, segundo ele, a mudança depende da Justiça rever uma decisão provisória que impede alterações no valor da passagem.
No Recife o anúncio da redução foi feito por Eduardo Campos (PSB), governador do Estado. Os valores, que oscilam entre R$1,50 e R$3,45, de acordo com a rota, terão uma queda de R$0,10 e será reajustado a partir da próxima quinta-feira, dia 20. Coincidência ou não, mesmo dia em que a capital teria seu primeiro protesto contra a questão.
Em João Pessoa, na Paraíba, a diminuição também será de R$0,10 e a passagem custará R$2,20 partir do dia 1º de julho. Quem informou foi o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT) .
Em Goiânia a redução já havia sido confirmada desde a semana passada. Antes custando R$ 3, a redução foi significativa, passou para R$ 2,70, mesmo preço de pouco mais de um mês atrás, antes do reajuste.
Em São Paulo, Fernando Haddad ainda não confirmou a redução, porém, pela primeira vez, sinalizou que, se um plano for traçado, poderá sim ceder a vontade popular. “Se as pessoas me ajudarem a tomar uma decisão nessa direção [redução da tarifa], eu vou me subordinar à vontade das pessoas porque eu sou prefeito da cidade, para fazer o que a cidade quer que eu faça”, declarou o prefeito em reunião com integrantes do Movimento Passe Livre na manhã dessa terça-feira.
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