O diretor Oliver Stone abordou alguns dos temas e fatos históricos mais marcantes da história americana. A realidade crua e cruel da Guerra do Vietnã, em Platoon (1986) e também em Nascido em 4 de julho (1989). O bilionário e apaixonante mundo do futebol americano, em Um domingo qualquer (1999). A música e a vida a mil por hora de Jim Morrison, com The Doors (1991). A amoralidade do mercado financeiro, no atualíssimo Wall Street, de 1987 (!). O atentado de 11 de setembro, em World Trade Center, de 2006. Além, é claro, da política, com JFK (1991) e Nixon (1995).
Agora, Stone (pedra, em português) volta à política e entra no sapato do atual presidente. O cineasta resolveu não esperar para lançar um olhar sobre os oito anos da administração Bush. Nesta sexta-feira (17), estréia, num Estados Unidos em pleno clima de crise econômica e eleições presidenciais, o filme W.. Segundo Stone, de históricas e fortes opiniões liberais, a cinebiografia de George W. Bush (o W significa Walker) é imparcial e equilibrada, se é que se pode falar de políticos e Política de modo imparcial e equilibrado. Ainda mais em se tratando de Stone.
No papel de Bush, Josh Brolin, que recentemente esteve no sucesso Onde os fracos não têm vez, dos irmãos Coen, ganhador de quatro estatuetas no Oscar 2008. Brolin foi muito elogiado pelos críticos nos jornais americanos, que ressaltaram a atuação original do ator, apesar de poucas semelhanças físicas com Bush. O elenco ainda tem James Cromwell, conhecido rosto de Hollywood, como Bush pai, e Ellen Burstyn (O Exorcista, Réquiem para um sonho) como Barbara Bush. O experiente Richard Dreyfuss faz o vice-presidente Dick Cheney e Elizabeth Banks interpreta a primeira-dama Laura Bush.
Apesar de algumas críticas negativas nos EUA, muitas delas com o argumento de que Stone incorre no mesmo erro de JFK e Nixon e faz um filme longo e sem sal, vale esperar para ver W. no Brasil. Afinal, Oliver Stone é Oliver Stone.
Trailer do filme:
Confira mais no site oficial de W.: (www.wthefilm.com).
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