Conhecida como uma das regiões vinícolas do chamado “Novo Mundo” do vinho, de nova a África do Sul nada tem. O cultivo de vinhas no país data de 1659, iniciado pelas mãos de refugiados franceses, os huguenotes (como eram chamados os protestantes).
Se antes os vinhos sul-africanos eram pesados e, muitas vezes, alcoólicos devido às altas temperaturas, após a década de 1960, com a introdução de técnicas de fermentação das uvas à baixa temperatura, eles se tornaram mais “afinados” e elegantes.
As principais e as “Outras”
As grandes regiões vinícolas do país são Boberg, Breede River Valley, Coastal Region, Klein Karoo, Olifants River e outras cinco pequenas regiões englobadas como “Outras”.
A legislação é um pouco confusa, e o relevo recortado cria microclimas tão singulares que, muitas vezes, são diferentes de um produtor a outro de uma mesma região.
Pinotage, pungente e concentrada
A uva emblemática é a Pinotage, uma híbrida que vem do cruzamento da Pinot Noir e da Cinsault (conhecida no passado por Hermitage), cujas características aromáticas são muito peculiares com aromas defumados, de especiarias e couro de caça, com coloração pungente e concentrada, com textura muitas vezes ríspida, até um pouco rude.
Porém, outras uvas se dão muito bem nos solos sul-africanos, como Cabernet Sauvignon, Merlot e Shiraz, que produzem bons tintos.
Chenin Blanc, delicada e aromática
A uva branca mais difundida é a Chenin Blanc, casta de origem francesa, muito aromática, com perfumes florais e de frutas frescas, produz vinhos sedutores e delicados.
Os vinhedos centenários, rodeados pelas imponentes montanhas, são um cenário único de beleza natural, o que revela que nem só de safári vive a África.
*Graduada em Gastronomia, com especialização em Enogastronomia e maître-sommelier dos restaurantes D.O.M. e Dalva e Dito, em São Paulo.
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