Depois de assombrar?o mundo na conquista da Copa de 1958, na Suécia, tornando-se a estrela do futebol brasileiro aos 17 anos, Edson Arantes do Nascimento voltou ao Brasil para encarar uma dura realidade. Como todos os garotos da sua idade, não fosse o título, viu-se recrutado para cumprir a obrigação de servir o Exército Brasileiro, ao longo de 1959. Rotina, não tivessem os seus superiores escalado o soldado-campeão para, “através da Comissão Desportiva das Forças Armadas”, integrar a equipe de atletas que disputaria o Campeonato Sul-Americano Militar de Futebol.
A requisição dos jogadores foi motivo de ofício enviado pelo General de Exército Edgar do Amaral, ao então Ministro de Estado dos Negócios da Guerra, Marechal Henrique Baptista Duffles Teixeira Lott. A justificativa para o deslocamento dos praças, das fileiras para o campo, era a de “facilitar ao Estado Maior das Forças Armadas (EMFA) a escolha de uma seleção homogênea” e “condizente com o renome e projeção de nosso futebol no exterior”. A resposta, como é praxe nos meios burocráticos, veio lacônica: “Autorizo, sem ônus para os cofres públicos”.
Com a camisa da unidade militar da VI Companhia Costeira de Santos, Pelé marcou 11 gols, sob o comando do major-treinador, Maurício de Assumpção Cardoso, e ao lado dos “craques” João Farias Filho, Clovis Guimarães Queiroz e José Carlos Santana. Se vivos, provavelmente estarão relatando aos netos que um dia, naquela partida tal, contra Uruguai, Argentina, Paraguai… fizeram e aconteceram ao lado do atleta do século…
Ano passado, Pelé recebeu a cópia do documento do qual desconhecia a existência. Emocionado, comentou: “Nem imaginava que existisse! Vai constar do meu museu”.
Os que não desejarem esperar pela inauguração, podem conferi-lo aqui nesta página.
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