Pelé voltou nesta terça-feira, dia 14, ao estádio de Rasunda, onde o Brasil conquistou seu primeiro título Mundial em 1958. Foi o último reencontro entre o rei e seu primeiro grande palco, lugar onde o jovem o jovem negro, então com apenas 17 anos, iniciou sua transmutação de menino em maior atleta da história.
Casa do AIK e onde a seleção sueca manda a maioria de seus jogos, o Rasunda deixará de existir no final do ano. A partida amistosa entre Brasil e Suécia (mesmos rivais que decidiram a Copa de 1958) é a última do time da casa na cancha histórica.
Além de Pelé participaram do reencontro outros 11 jogadores presentes naquela final, há 54 anos. Eram oito jogadores suecos – Ake Johansson, Sigvard Parling, Agne Simonsson, Bengt Gustavsson, Reino Borjesson, Bengt Berndtssom, Owe Ohlsson e Kurt Hamrin, e três jogadores brasileiros, Zito, Mazzola e Pepe. Pelé, o camisa 10 da seleção brasileira, foi a grande atração de um evento histórico.
No gramado em que se apresentou para o mundo, Pelé mostrou-se sorridente e solícito. Parecia estar se divertindo durante quase todo o tempo em que atendeu à imprensa. “Onde está o tradutor?”, perguntou, sorrindo, quando os ex-jogadores suecos diziam alguma frase na língua oficial do país.
Durante a entrevista coletiva, ao lado do campo, o camisa 10 também se soltou. Ao ser questionado se, em 1958, teve mais trabalho com as suecas ou com os suecos, ele até começou a responder de forma séria; mas não resistiu. Depois de uma gargalhada, completou. “Eu tinha 17 anos, não pensava muito nessas coisas na época.”
Em meio às respostas bem humoradas, Pelé também aproveitou para chamar os suecos ao Brasil em 2014. “Digo aqui, em nome da presidenta Dilma, que os suecos serã muito bem-vindos na Copa de 2014, no Brasil”, disse. “Vamos recebê-los tão bem quanto vocês nos receberam em 1958”, disse.
Depois, falando à imprensa brasileira, Pelé brincou. “Falei para eles que iríamos recebê-los como eles nos receberam. Daí alguém perguntou se eles também seriam campeões lá, como fomos aqui”, disse o Rei. “Olha, acho que vai ser difícil”, afirmou Pelé, rindo.
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