Perdemos Elizabeth Taylor

Ela, linda, com sua pérola mastigadaMeus caros, acabo de saber que Elizabeth Taylor morreu nesta madrugada, vítima de Insuficiência Cardíaca Congestiva, um de seus mil problemas de saúde, o que foi anunciado por seu filho, Michael Wilding, nascido de seu segundo casamento. Tinha 79 anos de idade, e deixa um histórico de mais de 60 filmes, dois Oscars, além do teatro. Estava internada há algumas semanas. Lembro-me de vê-la em alguma cerimônia pública, há alguns anos, pode ter sido o próprio Oscar, usando um fantástico vestido branco, e algumas de suas joias famosas, mas tudo isso ficava prejudicado pela cadeira de rodas à qual já estava presa há algum tempo. Quando filmava Cleópatra, nos anos 1960, sofreu uma pneumonia que quase a matou, abriram-lhe a garganta em uma traqueotomia, em Londres, e foi assim que ela recebeu seu amante de então, Richard Burton, com quem vivia um romance para lá de escandaloso, pois ambos eram casados com outros, coisa bizarra na época. Sua vida foi glamorosa, casou-se nada menos do que sete, ou oito vezes, se contarmos os dois casamentos com Burton. Os dois contracenaram no filme, que quebrou o estúdio, foi um fracasso de bilheteria, mas levou-os ao primeiro casamento, que durou cerca de dez anos, recorde para ambos.

Seus olhos, azuis-violeta, eram famosos, e combinavam com todas as fantásticas joias que colecionou durante toda a sua vida. Um de seus diamantes, gigantesco, pelo qual o ator pagou cerca de um milhão de dólares, levou o nome do casal, Taylor-Burton, mas a pérola La Peregrina, enorme, em formato de gota, foi deixada por ela sobre sua cama, e sua poodle a mastigou, talvez sob inspiração da Rainha do Egito.

Liz bateu recordes de internação também em clínicas de emagrecimento e desintoxicação, pois ficou enorme de gorda na década de 1970, e bebia tanto quanto o ex-marido irlandês – sei bem o que é isso. Não sei o quanto estaria pesando agora no final, mas não faria mais diferença alguma. Um de seus maridos, Larry Fortensky, um operário de construção civil, ela conheceu em uma dessas internações. Foi provavelmente a melhor amiga de Michael Jackson, que vivia em um mundo de absoluta ilusão, onde uma deusa como ela cabia perfeitamente. Os dois morreram solteiros, e com sérios problemas clínicos. Glamour não faz bem à saúde. Votos de pesar do Cavalcanti.


Comentários

4 respostas para “Perdemos Elizabeth Taylor”

  1. Meu caro, esqueci das Aventuras de Lassie. Beijas.

    1. Baronesa, eu nunca me esquecerei de “A Última Vez que Vi Paris”, com Van Johnson. Ela arrasava de tão linda.

    2. Conheço quem a tenha visto, com o já então ex-maridão R.B. no teatro, fazendo The Little Foxes, de Lillian Hellman. Já imaginou, os dois no palco, cara-cara contigo. Os ingressos custavam uma fortuna, mas deve ter valido à pena.
      Bjas

  2. Meu caro, assista a Um lugar ao sol. Ela, aos tenros 17, arrasando numa história de amor com Montgomery Clift. Assista também a Gata em teto de zinco quente, já mais velha, com o gostosão atormentado Paul Newman e Quem tem medo de Virginia Wolf, com o eterno maridão RB. Deusa das deusas. Vou me acabar no findi semana. Beijas.

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