SÃO SEBASTIÃO – Pelo jeito, está finalmente chegando aos últimos capítulos esta novela mexicana da volta de Ronaldinho Gaúcho ao Brasil, como se ele fosse a última coca-cola do deserto, ou a princesa mais bela do baile, na definição de Paulo Vinicius Coelho, o PVC, na sua coluna deste domingo na Folha.
A história do leilão encenado por Ronaldinho e Roberto Assis, seu irmão e agente, é tão inacreditável que, no final das contas, inverteram-se os papéis dos clubes na disputa por seu passe. Perdeu quem ganhou, ganhou quem perdeu.
Sim, em primeiro lugar ganhou o Milan, que “perdeu” Ronaldinho, ou melhor, se livrou deste ex-craque em atividade, levando ainda 4 milhões de dólares, metade do valor da multa. Em segundo lugar, ganharam o Grêmio e o Palmeiras, os outros dois clubes brasileiros que estavam dispostos a pagar o que não tinham para ficar com o rei das baladas.
Só perdeu o Flamengo, um clube que está falido há tempos, e vai pagar ao jogador mais de 1 milhão de reais por mês, durante três anos e meio, fora os prêmios por títulos e classificação do time para a Libertadores.
A melhor definição do imbroglio foi dada por Salvador Hugo Palaia, vice-presidente do Palmeiras: “Uma palhaçada. Nem se fosse o Pelé poderia fazer isto. Os dois (o jogador e o irmão) deveriam montar um circo”.
De fato, desde a Copa de 2006, na Alemanha, Ronaldinho está mais para malabarista de circo do que para jogador de futebol de alta performance. Com todo respeito à querida torcida do Flamengo, acho que o rubro-negro vai gastar uma fortuna para comprar apenas mais um problema ao custo total de mais de 40 milhões de reais.
Em tempo:
Como tudo pode acontecer nesta novela, agora só falta Ronaldinho desistir, depois de tudo 99,9% acertado entre o Flamengo, o Milan e o seu agente-irmão, como o iG informou no sábado. É o único jeito do Flamengo não perder.
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