Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,5 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável. Estimativas apontam para uma realidade mais preocupante no futuro. De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa de Política Alimentar, com sede em Washington, até o ano de 2050, 4,8 bilhões de pessoas estarão em situação de estresse hídrico.
Quando se discute a democratização ao acesso à água, muitas das soluções apontam para o mar. Embora o processo de dessalinização não seja mais nenhuma novidade, os métodos ainda adotados, caso da osmose reversa e destilação, permanecem caros.
No Brasil, pesquisadores do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) desenvolveram um filtro capaz de dessalinizar a água e, o melhor, com baixo custo. O filtro é feito a partir de uma membrana semipermeável confeccionada com polímeros comuns, como o PVC. Seus poros minúsculos, da ordem de Angstroms (10-10 metros), medida compatível com o tamanho da molécula de água e do gás carbônico, são os responsáveis por reter o sal no processo de filtragem. “Nessas membranas são inseridos compostos químicos sintéticos que atuam como canais para o trânsito de espécies químicas pequenas pela membrana toda. Se a espécie química em solução ou na forma de gás for grande demais ou não tiver afinidade, por carga por exemplo, com estes canais, ela é retida. Caso contrário, ela pode atravessá-la”, explica Gregóire Jean-François Demets, professor do Departamento de Química da FFCLRP.
Continue lendo a matéria na iNOVA!Br, plataforma da Brasileiros Editora dedicado ao universo da ciência, inovação e tecnologia.
Deixe um comentário